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Cruzeiros Marítimos na Costa Brasileira
Fonte: Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos www.abremar.com.br 


A costa brasileira possui incontestável potencial para o desenvolvimento de cruzeiros marítimos, também conhecido “cabotagem” turística, mas ainda não se consolidou como destino deste segmento turístico.

As viagens de navio pela costa brasileira começaram no início dos anos 60, com a criação do Departamento de Cruzeiros Marítimos. Nessa época, navios da Companhia Costeira de Navegação prestavam esse serviço.

Atividade de quase cinquenta anos, foi quase que totalmente proibida entre meados dos anos 80 e início dos anos 90, quando apenas viagens internacionais, com navios provenientes da Argentina e do Caribe eram autorizados a atracar, embarcar e desembarcar passageiros na costa brasileira. Os cruzeiros no Nordeste e os mini-cruzeiros somente começaram a partir da década de 90.

Quanto à operação turística, os portos são classificados como:

  • Portos Principais (Turnaround), com embarques e desembarques em larga escala, concentrando o início e o término de um cruzeiro, normalmente oferecendo fácil acesso a aeroportos internacionais e estão localizados próximos aos maiores mercados consumidores, em condições geográficas que permitem a criação de roteiros atrativos.
  • Portos de Trânsito: para escalas durante um cruzeiro, sem embarques e desembarques, somente com trânsito de passageiros.

 
Mercado Brasileiro de Cruzeiros Marítimos

Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), a temporada 2009-2010, que vai de outubro de 2009 a abril de 2010, deverá contar com 18 navios navegando ao longo de nosso litoral, 2 a mais que a temporada anterior, com roteiros variando de 3 (mini-cruzeiros) a 9 noites.

 

Oportunidades em Cruzeiros Marítimos / Custo-Benefício

A comunidade, os gestores e prestadores de serviços turísticos dos destinos dos cruzeiros devem analisar o custo-benefício dos cruzeiros em sua cidade, vila ou ilha, para decidir quanto ao equilíbrio entre as vantagens e desvantagens de participar dos roteiros.

Dependendo do tamanho e fluxo do porto, os cruzeiros podem criar oportunidades, benefícios e melhorias para a infraestrutura e economia local ou regional para diversos setores e segmentos:

  • criação de postos de trabalho
  • agências e operadoras turísticas
  • agentes e despachantes marítimos
  • serviços de praticagem, rebocadores, etc.
  • aumento do movimento em lojas, bares, restaurantes, etc.
  • fornecedores de alimentos e bebidas (atacado e varejo)
  • recolhimento de taxas e impostos portuários
  • melhorias na infra-estrutura e em terminais portuários (atendimento, lixo, água potável, etc.)
  • prefeituras e outras instituições locais/regionais
  • prestadores de serviços de manutenção de máquinas fornecedores de equipamentos;
  • fornecedores de combustível, óleos lubrificantes e afins
  • financiamento de serviços e negócios.

Cabe à comunidade, grupos de interesse e gestores da Ilha Grande, por meio de comissões e grupos de trabalho, dimensionar e analisar os reais benefícios que os cruzeiros propiciam ao local vis-à-vis os impactos negativos ambientais e socioeconômicos.

Curso-piloto de Atendimento para Barqueiros

Em virtude dos conflitos gerados pelas operações de cruzeiros marítimos e pela da demanda local por melhores práticas operacionais, criou-se a necessidade de capacitar e treinar barqueiros e outros prestadores de serviços afins, buscando ordenar e otimizar o receptivo.

O Sebrae RJ, promoveu um curso-piloto de boas práticas de atendimento para barqueiros da Ilha Grande, com o objetivo de identificar demandas e deficiências operacionais e replicar o curso na baixa temporada.

Independente da continuidade dos cruzeiros, as boas práticas poderão beneficiar o destino turístico no futuro. O curso teve apoio local do Instituto Estadual do Ambiente, que ajudou na divulgação e disponibilizou o auditório e equipamentos da sede do Parque Estadual da Ilha Grande, na Vila do Abraão, com assistência de seu funcionário Rafael Cuellar.

O curso realizado nos dias 10 e 11 de dezembro, teve como programa:

  • Ecoturismo, Turismo e Sustentabilidade
  • Boas Práticas e Produtos Turísticos
  • Ciclo de Vida de Produtos e Destinos Turísticos
  • Atendimento

Face ao caráter participativo da capacitação, foi solicitado aos participantes do curso, no dia 10, que sugerissem temas de seu interesse para que fossem apresentados no dia 11.

Foi solicitado:

  • Perfil dos Mochileiros
  • Operação de Cruzeiros Marítimos em Fernando de Noronha
  • Sistema “Voucher Único” de Bonito, Mato grosso do Sul.


Crescimento do Setor

Estima-se que nos últimos 8 anos, o setor teve crescimento exponencial, mais que quadruplicando o número de passageiros transportados.

cruzeiros crescimento brasil2001 2010Fonte: Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos www.abremar.com.br 

 

Preço de Cruzeiros Marítimos no Brasil (em dólares, 2009)
Fonte: www.centraldecruzeiros.com.br 


Custos / Variáveis

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  • preços em dólares, cambio da data de compra
  • valores promocionais, arredondados
  • não considera períodos de Natal e Reveillon
  • preços por pessoa em cabine com ocupação dupla
  • inclui 5 refeições com bebidas
  • preços máximos em suítes com varanda
  • pagamento em 10 parcelas, sem juros
  • não inclui taxas e seguro

  

Motivadores para Participar de Cruzeiros

Antes de decidir por determinado cruzeiro marítimo o turista põe atenção nos seguintes fatores:

  • roteiro
  • período do cruzeiro
  • duração do cruzeiro
  • custo benefício: preço x qualidade
  • motivo: lazer, negócios, trabalho, incentivo empresarial, etc.
  • temas ou público participante: casais, família, jovens, solteiros, música, etc.

 

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Análise de Impactos de Cruzeiros Marítimos


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