CATEGORIA ATIVIDADES

 

Rapel é uma técnica vertical praticada com uso de cordas e equipamentos adequados para a descida de paredões e vãos livres bem como outras edificações.

 
Trata-se de uma atividade criada a partir das técnicas do alpinismo o que significa que requer preocupação com a segurança do praticante. Este deve ter instruções básicas e acompanhamento de especialistas. Cursos preparatórios são indispensáveis.
 
A atividade é praticada essencialmente em grupo onde cada integrante se deve preocupar com o companheiro, questionando qualquer situação que possa gerar um incidente e até um acidente.
 
Rappel é uma palavra que em francês quer dizer "chamar" ou "recuperar" e foi usada para batizar a técnica de descida por cordas. O termo veio da explicação do "criador" do rappel, Jean Charlet-Stranton, por volta de 1879, quando explicava a técnica: "je tirais vivement par ses bouts la corde qui, on se le rappelle...." que quer dizer em tradução livre "Quando chegava perto de meus companheiros eu puxava fortemente a corda por uma de suas pontas e assim a trazia de volta para mim...", ou seja, ele chamava a corda de volta ao terminar a escalada e a descida de uma montanha ou pico [1]
 
Categorias de Rapel
 
Rapel em Positivo: quando os pés têm contato com a parede, durante a descida.
 
Rapel em Negativo: quando praticado em vãos livres, onde não há contato dos pés com a parede.
 
Para cada técnica é possível realizar algumas manobras como saltos, giros e descidas de ponta-cabeça.
 
 
Salvamento com Rapel
 
O rapel também é utilizado como técnica de salvamento em muitas situações. Os bombeiros do mundo todo utilizam desta técnica para o resgate de pessoas.
 
Equipamento
 
São utilizados diversos equipamentos diferentes para cada necessidade. É preciso estar atento a cada detalhe, revendo todos os pontos sempre. Redundância é um fator de segurança.
 
Existem equipamentos voltados para a amarração ou ancoragem da corda de descida, como os mosquetões, as fitas tubulares e as ancoragens back-ups.
 
Entre os equipamentos individuais básicos estão a arnês, mosquetão, luva, freio e capacete. Normalmente são utilizados equipamentos com certificação de segurança internacional.
 
Esse conjunto adapta-se ao corpo com conforto na altura da cintura e, depois de conectado à corda e travado, permite ao praticante uma descida com velocidade controlada, sem esforço maior, utilizando o atrito entre o oito (um tipo de descensor) e a corda e controlando com uma das mãos a passagem da corda pelo sistema. Não requer força, apenas determinação, um pouco de coragem e técnica, sendo necessária uma formação antecipada de forma a evitar acidentes trágicos e fatais. Quem cai, por não saber utilizar correctamente os equipamentos, só cai uma vez!
 
As descidas devem ser monitoradas por um agente, no lançamento, e por outro agente, durante a descida cuidando da segurança lá embaixo. Ele segura a ponta da corda, esticando-a, caso necessário e provocando atrito no sistema conectado, colaborando com o praticante em caso de alguma dificuldade.
 
É uma atividade segura desde que praticada com muita atenção aos princípios de segurança.
 
 
Equipamentos
 
  • Mosquetões de aço: usados na ancoragem da corda em que é feita a descida. Os de aço são os mais recomendados por terem uma resistência e durabilidade maior.
  • Mosquetão de alumínio: Servem para ligar o equipamento de descensão ao arnês .
  • Fitas Solteiras: São as mais aconselhadas para se fazer ancoragens, por resistirem bastante e serem mais confiáveis.
  • Cordas: Usadas para fazer a descida, devem ser do tipo que possuem "alma", ou seja, que tenham um núcleo trançado independente além da capa (parte externa). De preferência deve ser de material muito resistente, como o Nylon e o Poliester.
  • Luvas: Servem para proteger a mão do praticante contra queimaduras ao haver fricção com a corda. Serve também para dar mais atrito na hora de reduzir a velocidade da descida.
  • Capacete: Indispensável em qualquer atividade radical, protege de vários perigos, desde deslizamentos de pedras à queda acidental de um equipamento de um praticante que esteja acima de você.
  • Freio 8 (ou Blocante / ou descensor "oito"): De aço ou alumínio. Usado para torcer a corda, aumentando o atrito e assim, reduzindo a velocidade da descida. É esta peça que lhe dá o controle da descida.
  • Baudriers (ou Cadeirinha / ou Arnês): Uma espécie de "cinta" que envolve as pernas e os quadris dando o aspecto de uma "cadeirinha" mesmo. Pode ser fabricada (costurada em modelos) ou pode ser feita de cabo solteiro (pedaço de corda do mesmo material usado na corda do rappel, em média de 5m, podendo variar de acordo com as exigências do praticante).
 
Cuidados
 
Toda prática de rapel deve ser executada em grupo, pois um integrante é sempre responsável pela vida de outro. 
 
Toda descida deve ter no mínimo três participantes:
 
  1. O que aborda: que é o responsável por colocar o praticante na corda, conferir se seu equipamento está correto e orientá-lo no momento da abordagem.
  2. O que desce: Que é o praticante atual, ou seja, quem vai fazer a descida.
  3. O que faz a segurança: Que é a pessoa que vai estar lá em baixo, segurando a corda, atento a qualquer vacilo que o que desce possa dar.
 
Quem fica responsável pela segurança da descida, deve ter total atenção, pois com ele fica o ultimo recurso antes de uma fatalidade. Se alguém que está descendo perde o controle de sua descida, é o segurança quem vai ter que fazer o bloqueio dele na corda, ou seja, parar a sua queda e evitar que ele caia.
Colorado Rockies Mountaineering © www.outwardbound.org
 
Montanhismo é um termo genérico relacionado com toda a atividade ligada com a montanha, pois que etimologicamente provém de: montanha + ismo.
 
Num contexto esportivo, o montanhismo designa a prática de toda a atividade de marcha em condições de média montanha, ou seja até 2 500 m e é assim considerado um esporte ligado ao ecoturismo e de aventura.
 
O Montanhismo não deve ser assim confundido com o Alpinismo que exige uma muito boa condição física, um equipamento de montanha apropriado, uma técnica de progressão que lhe é própria, e necessita a presença de um guia para escolher o trajecto e assegurar a cordada.
 
© Union of International Mountain Leader Associations UIMLA
 
Guia de Alta Montanha
 
Os guias de montanha austríacos Anselm Klotz (esquerda) e Josef Frey (direita), século XIX.
 
Um Guia de Montanha ou Guia de Alta Montanha é um montanhista profissional que conduz um indivíduo ou um grupo através das montanhas, em simultâneo com o ensino e treino desportivo em atividades relacionadas, proporcionando segurança ao praticante de montanhismo. Geralmente é certificado através de uma associação de montanhismo.
 
Capacidades
 
Os Guias de Montanha têm normalmente capacidades para a escalada, esqui e trekking (caminhada), sobre rocha, neve ou gelo. Têm se ser capazes de compreender e prever os efeitos do tempo atmosférico, de se orientarem, avaliarem perigos e ter noções de saúde e socorrismo, tanto a nível teórico como prático.
 
Além de zelar pela segurança, os guias de montanha profissionais frequentemente oferecem outros serviços desejáveis para os seus clientes. Estes serviços podem melhorar significativamente a experiência, especialmente quando o cliente montanheiro tem tempo ou equipamento limitado, carece de um companheiro qualificado ou está visitando uma zona que não lhe é familiar. 
 
Estes serviços adicionais poderão incluir:
 
  • Conhecimento local preciso de rotas de montanha, tempo atmosférico, condições da neve ou gelo, conhecimentos sobre os glaciares;
  • Formação específica em capacidades como esqui-alpinismo, atenção a avalanches, escalada na rocha, escalada no gelo, orientação na montanha e adequado uso de instrumentos de montanha como piolets, crampons, cordas, ou aparelhos de procura em avalanchas, etc.;
  • Capacidade de contactar helicópteros para acesso remoto a locais de esqui-alpinismo ou heliesqui;
  • Acesso prioritário meios de subida mecânica;
  • Por vezes, acesso mais imediato a lugares de visita limitada como os Parques Nacionais dos Estados Unidos.
 
Certificação
 
Os Guias de Montanha são empregados ou contratados por grupos ou indivíduos no contexto de expedições de montanhismo ou prática de desportos de inverno, devendo ser certificados por instituições ligadas à Federação Internacional de Associações de Guias de Montanha (International Federation of Mountain Guides Associations - IFMGA).
 
A certificação é feita através de um rigoroso processo de exame que abarca a escalada em rocha, a escalada alpina e o montanhismo em esqui. Dura tipicamente entre 3 e 7 anos a formação dos guias de montanha, e a certificação exige um alto nível de compromisso, dedicação e habilidades técnicas.
 
Organização
 
Os guias de montanha organizam-se normalmente em associações nacionais e internacionais. A maior organização internacional é a Federação Internacional de Associações de Guias de Montanha, sediada em Gstaad, Suíça.
 
A qualificação internacional dos guias está reconhecida pela União Internacional de Associações de Guias de Montanha - UIAGM, com sede em Gstaad, Suíça e a União Internacional de Guias Acompanhantes de Montanha - UIMLA (Union of International Mountain Leader Associations UIMLA)
 
 
© Union of International Mountain Leader Associations UIMLA
 
 
Risco, Perigo e Segurança
 
 
Quanto se trata de atividades esportivas ou recreativas, nos ambientes natural, rural ou urbano, é frequente uso dos termos Risco, Perigo e Segurança, faz-se necessário esclarecer seus significados, assim como outros termos e expressões relacionados para se estabelecer uma base de discussão.
 
O Estudo do Risco está no equilíbrio entre Risco e o Desafio da Aventura. 
 
Há uma crescente discussão que considera que a atual questão está na redução do risco e na gestão da segurança no campo médico, nas iniciativas e nas aventuras de forma a comprometer o normal desenvolvimento de atividades e procedimentos. Este é um importante questão a ser analisada detalhadamente para poder subsidiar estratégias de controle e redução de risco.
 
Perigo
 
Perigo são os tipos de acontecimento que causam ou tem o potencial de causar algum tipo de dificuldade, lesão ou acidente”.
Wharton, N., Journal of Adventure Education and Outdoor Leadership.
 
Perigo é tudo aquilo que pode machucar um individuo”.
Health and Safety Executive (1999).
 
De uma forma geral, o perigo tem por exemplo alergias, doenças causadas por lixo doméstico ou hospitalar, lesões em virtude de trabalho próximo a rodovias ou exposição a intempéries.
 
Isso nos leva a associar que um ambiente perigoso é aquele onde é difícil de se ter assistência ou onde há falta de procedimentos de primeiros socorros.
 
No contexto do ambientes natural, um exemplo de perigo é um rio de águas rápidas. Uma pessoa que tenta cruzá-lo corre o perigo de ser arrastado se o rio não der pé ou pode ficar preso a alguma árvore submersa, podendo vir a morrer afogado.
 
Na Ambiente Natural pode-se entender Perigo como:
 
Na natureza, perigo é uma situação ou um conjunto de circunstâncias que podem machucar pessoas, como por exemplo, um rio caudaloso, um banco de corais submerso, uma tempestade de raios, etc...
 
O perigo pode ser ou não conhecido. Um montanhista experiente em caminhadas na estiagem, pode ter problemas na estação das chuvas quando ocorrem as “cabeça d’água”, que podem trazer problemas ao caminhar em ravinas.
 
Isso nos leva a considerar que um perigo desconhecido, não previsível ou não identificado apresenta um risco maior do que aquele conhecido.
 
Risco
 
Perigo é definido em termos absolutos - por exemplo: encostas íngremes, facas afiadas, eletricidade, águas rápidas - mas eles tem significado diferente e acarretam diferentes graus de risco dependendo do contexto e do individuo que se confronta com o perigo.
 
Risco é a probabilidade de um perigo causar dano”.
Wharton, N. (1995), Journal of Adventure Education and Outdoor Leadership.
 
Risco é a probabilidade, alta ou baixa, de alguém se machucar numa situação de perigo”.
The Health & Safety Executive (1998)
 
Risco é a possibilidade de confrontar perigo ou sofrer dano ou perda”.
The Oxford English Dictionary
 
Risco é o potencial de perder algo de valor. A perda pode significar dano ou perda física, mental, social ou financeira. O risco cria insegurança”.
Priest, S. (1990), State College, PA: Venture Pub.
 
Risco é a probabilidade de alguém se machucar por um perigo. Uma vez identificado, o perigo pode ser avaliado e quantificado”.
Putnam, R. (2000). Association for Outdoor Learning.
 
A associação médica inglesa (British Medical Association) alerta que tudo que fazemos ou que é feito por nós, traz algum risco para nossa saúde e bem estar, não existindo risco zero ou segurança absoluta.
 
O perigo pode apresentar um nível alto ou baixo de risco para uma pessoa dependendo, por exemplo, quão competente essa pessoa é ao lidar com o perigo. Ou seja, o risco depende do indivíduo. O risco é função de como um individuo “vê” ou avalia a situação.
 
Isoladamente, risco psicológico é relacionado com medo, por exemplo, a experiência de sozinho ficar perdido à noite em local desconhecido.
 
O risco social é percebido quando alguém sente que está agindo de forma socialmente reconhecida como normal ou por quando se pede uma pessoa tímida a tomar uma posição de liderança ou falar em público.
 
O Risco é função de três fatores:
 
1. Probabilidade: refere-se ao número de vezes um acidente pode acontecer a alguém num determinado período de tempo.
 
2. Gravidade: refere-se ao dano causado por determinado acidente (maior = morte, menor = nenhuma lesão).
 
3. Frequência: refere-se à quantidade de indivíduos envolvidas em uma atividade sujeitos a sofrerem lesões num determinado período de tempo. 
 
 
Riscos Absoluto, Real e Percebido
 
A British Medical Association sugere que a percepção de risco das pessoas em geral não se relaciona com o risco real. As pessoas reagem ao perigo na medida que são percebidos.
 
Risco Absoluto é o maior nível de risco numa determinada situação (sem controle da segurança)”.
Priest, S. (1990), State College, PA: Venture Pub.
 
Risco Real é o verdadeiro risco que existe num determinado momento”.
Priest, S. (1990), State College, PA: Venture Pub.
 
Risco Percebido é aquele em que um indivíduo avalia subjetivamente o risco real em qualquer momento, que difere de pessoa a pessoa e pode não estar relacionado com o risco real ou absoluto”.
Ewert, A. & Hollenhorst, S. (1989). Journal of Leisure Research.
 
Exemplificando:
 
O Risco Percebido é aquele que parece ser arriscado mas de fato está sob controle - por exemplo “escalada em corda fixa” (top rope climbing).
 
O Risco Real é aquele que é de fato arriscado e não é possível ser controlado - por exemplo queda de rochas, avalanches.
 
Uma preocupação de educadores de atividades ao ar livre é de como estruturar atividades que contenham certo grau de risco que não causam lesões, mas que podem provocar aprendizado, desafio e motivação.
 
Uma forma de fazê-lo é criar uma situação de risco percebido que seja significante e não desmereça a natureza da atividade em questão. Uma dificuldade complexa é aquela em que a percepção do risco difere de pessoa para pessoa, que cria dificuldades práticas para alguém conduzir um grupo de praticantes.
 
O ideal é que todos atuem dentro de suas “Zonas de Desafio”, sem ficar em sua “Zona de Conforto” ou cair na “Zona de Pânico”.
 
Avaliação de Riscos
 
Nos últimos tempos a avaliação de riscos assumiu uma grande importância, particularmente na medida que afeta trabalhadores e ambientes de trabalho.
 
O aumento dos processos jurídicos consequência de acidentes com funcionários e clientes, enfatiza a necessidade de se olhar com cuidado de como lidar com riscos vis-à-vis segurança, controle e avaliação do risco ocasionado por perigo no ambiente de trabalho.
 
Vale ressaltar que no turismo de aventura, na grande maioria dos casos, o “ambiente de trabalho” é o meio natural ou rural, onde os “funcionários” são guias e condutores.
 
Avaliação de riscos está fortemente relacionada com a avaliação com o nível de risco associado com um perigo em particular ou a conjunto de riscos e uma ponderação de até que ponto precauções estão sendo tomadas para prevenir acidentes ou lesões.
 
Para exemplificar, podemos dizer que a avaliação de risco de um determinado grupo de adultos jogando um partida amistosa de futebol significar um perigo mínimo, com pouco risco para fatalidades ou fraturas. Em contraste, a avaliação de riscos de principiantes praticando rapel poderá abarcar maior perigo e um grande risco para a integridade física e segurança dos participantes. Isto poderá implicar ao organizador ou líder em adotar a uma variedade de medidas para assegurar que ninguém venha a se machucar.
 
Se tivermos em conta que a quantificação do risco é incerta e, uma vez quantificado, importantes decisões e medidas terão de ser tomadas sobre a possibilidade da sua redução e sobre o reconhecimento de sua existência, mesmo que reduzido. Um importante ponto a se considerar são os fatores econômicos nas avaliações custos x benefícios.
 
Os 5 passos para a Avaliação de Risco
 
É comum desmembrar a avaliação de risco num número de partes identificáveis, onde se sugere 5 passos para a avaliação de risco:
  1. Identificar dos perigos existentes;
  2. Listar os indivíduos que podem se ferir e como;
  3. Avaliar o grau de risco associado com cada perigo 
  4. Avaliar as decisões sobre o que deve ser feito (Protocolos Operacional / Segurança) para reduzir estes riscos a níveis aceitáveis (Gestão do Risco);
  5. Atualizar e revisar periodicamente todas as avaliações registradas.
 
É importante que se elabore protocolos operacionais e de emergência para se obter níveis de segurança satisfatórios, em termos de estabelecer responsáveis hierárquicos  e procedimentos operacionais e de emergência.
 
Alguns fornecedores de cursos e atividades ao ar livre - especialmente os que atuam em atividades de “aventura educacional” para menores de 18 anos - são obrigados, por lei, a adotarem procedimentos definidos pela Adventure Activities Licensing Authority - AALA (The Activity Centres - Young Persons’ Safety - Act, 1995). 
 
Nestes casos a avaliação dos riscos são analisadas no contexto em que as atividades ocorrem e foca nos perigos que se não gerenciáveis, evitados ou previstos, podem resultar em morte ou lesões graves. Esses procedimentos se aplicam a instrutores e participantes.
 
Dave Bunnell © www.en.wikipedia.org
 
Gestão do Risco
 
Gestão ou Manejo de Riscos deve ser entendido como a forma pela qual riscos são administrados ou manejados (i.é. reduzidos) uma vez que  perigos estejam identificados e riscos quantificados. É a etapa operacional da avaliação de riscos”.
 
Riscos podem ser manejados de várias formas, mas 2 abordagens são essenciais:
 
1. Evitando Riscos (Risk Avoidance) - nessa abordagem procura-se reduzir os riscos evitando-se ou pela remoção do perigo.
 
Por exemplo, se acharmos que uma viagem de dois dias possa ser fisicamente muito difícil para um grupo fora de forma, acarretando erros de navegação ou fadiga, uma decisão será de reduzir para um só dia de caminhada pesada, em terreno difícil, ou decidir que o programa seja feito em três dias. Ou ainda, se possível, alterar o roteiro.
 
2. Reduzindo Riscos (Risk Reduction) - essa abordagem, em geral mais apropriada, procura-se reduzir os riscos de varias formas tais como protegendo pessoas com maior eficácia, supervisando criteriosamente ou modificando atividades.
 
Por exemplo, no caso de um grupo que atinge o topo de uma escalada em rocha e está pronto para a descida por uma trilha íngreme. O declive se torna um perigo tão logo a descida se inicia e vários fatores podem aumentar o risco associado: pode começar a chover e o piso ficar (mais) escorregadio; a trilha pode ter o piso alternado entre terra, vegetação ou rocha fragmentada; pode começar a escurecer (sobretudo em dias de inverno) ou participantes menos preparados podem começar a reclamar ou mostrar sinais de cansaço ou frio... O risco total pode ser reduzido se o condutor ou líder tomar (e controlar) algumas decisões: ordenar a diminuição da velocidade de descida, indicar a troca o uso de calçado apropriado ao terreno ou de vestuário adequado ao clima, ordenar o uso de cordas de segurança, indicar o uso lanternas, etc. Ao atuar desta forma, o perigo (e o desafio) continua, mas os riscos podem ser reduzidos a níveis aceitáveis. 
 
Sugere-se 4 princípios para ajudar no processo de redução de riscos:
 
  1. Procurar assistência de especialistas, sempre que possível;
  2. Adotar boas práticas em todos aspectos técnico-operacionais;
  3. Participantes “em risco” devem estar cientes antecipadamente, que se consegue se uma eficaz avaliação e redução de riscos a níveis aceitáveis;
  4. Participantes “em risco” devem ser informados detalhadamente sobre o nível e natureza dos riscos a que serão submetidos.
 
Escalada e montanhismo são atividades perigosas, com risco de acidentes e morte. Praticantes devem reconhecer os riscos e estar atentos e responsáveis por seus atos e suas consequências."
Union Internationale des Associations d’Alpinisme - UIAA
 
A importância da gestão ou manejo do risco está no processo de sua avaliação que envolve a avaliação da competência e experiência dos condutores e dos participantes e a complexa interação destes com fatores externos e o ambiente (operacional). Ou seja, risco é uma combinação entre fatores humanos e ambientais.
 
Por exemplo, na canoagem, fatores ambientais pode incluir pedras, águas rasas, curvas, desníveis abruptos ou árvores caídas ou submersas. Fatores humanos podem incluir inexperiência do canoísta, tipo de embarcação usada, tamanho do grupo, etc. É responsabilidade do líder ou condutor avaliar como esses fatores se combinam e a que nível, para decidir a estratégia de fazer a gestão adequada dos riscos, a cada instante.
 
Segurança
 
Segurança é estar seguro, livre de perigo ou riscos, de forma a não causar perigo
Concise Oxford Dictionary (1969)
 
Segurança não é um algo subjetivo - é um tema multifacetado que envolve vários fatores, tais como vestuário e equipamentos, responsabilidades individuais e de liderança, legislação, comando, atitudes, competência e procedimentos técnicos. 
 
A promoção da segurança se faz com a intensa e constante expansão e divulgação do conhecimento dos perigos e a adequada redução dos riscos.
 
 

 

Circuito Categoria Verde © Paraty Sport Aventura
 

Atividades ao Ar Livre

Atividades, assim como os Polos ou Destinos Turísticos, com seus atrativos ambientais e histórico-culturais, são os principais indutores de fluxos de vistantes. São as Atividades e os Recursos Culturais, Históricos, Naturais, Cênicos, as paisagens, que fazem com que as pessoas viajem para conhecer e desfrutar dos destinos turísticos. Nesse sentido, as atividades relacionadas ao turismo incorporam o espaço geográfico pelo seu valor paisagístico, para transformá-lo em um espaço de consumo, quer seja de lazer, quer seja profissional. 

 

Arvorismo 

Arvorismo ou Arborismo é um esporte "radical" que consiste na travessia entre plataformas montadas no alto das árvores, ultrapassando diferentes tipos de obstáculos como escadas, pontes suspensas, tirolesas e outras atividades que podem ser criadas.
 
A atividade é muito utilizada para lazer e recreação e para estudos de fauna e flora das camadas mais altas da floresta.
 
Terminologia
 
Por se tratar de um neologismo recente, não há registro das palavras em dicionários. Para alguns, as duas formas são perfeitamente corretas e adequadas. Para outros, as regras de derivação na língua portuguesa exigem que os derivados sejam compostos a partir dos radicais das palavras, nesse caso "arbol" ou "arbor", e portanto, "arborismo" seria a forma correta de grafia da palavra.
 
Vale registrar que a introdução do termo "arvorismo" no Brasil foi feito por um francês, praticante do esporte, e com conhecimento limitado da língua portuguesa.
 
 
A norma NBR 15500 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo escopo é definir os termos usados nas atividades de turismo de aventura está da seguinte maneira:
 
Arvorismo (arborismo) - locomoção por percursos em altura instalados em árvores ou em outras estruturas. Dentro das atividades de turismo de aventura, o que está se firmando é o termo arvorismo.
 
Arvorismo consiste em realizar percursos no meio das árvores (geralmente se passa nas alturas), passando por diversos obstáculos e dificuldades, além de tirolesas. Há parques que fazem percursos de arvorismo para pessoas atravessarem, as vezes separados em níveis de dificuldades.
 
 
 
 
 
Rafting no Rio Jacaré-Pepira, em Brotas © Wikimedia.org
 

Atividades ao Ar Livre

Atividades, assim como os Polos ou Destinos Turísticos, com seus atrativos ambientais e histórico-culturais, são os principais indutores de fluxos de vistantes. São as Atividades e os Recursos Culturais, Históricos, Naturais, Cênicos, as paisagens, que fazem com que as pessoas viajem para conhecer e desfrutar dos destinos turísticos. Nesse sentido, as atividades relacionadas ao turismo incorporam o espaço geográfico pelo seu valor paisagístico, para transformá-lo em um espaço de consumo, quer seja de lazer, quer seja profissional. 
 

Rafting
 
O Rafting é a modalidade praticada por um grupo de pessoas que, utilizando um bote inflável controlado por remos e equipados com equipamentos de segurança, desce  as corredeiras de um rio.
 
A capacidade do bote depende do grau de dificuldade do mesmo: quanto mais perigoso, maior o bote, o que o torna teoricamente mais "estável". 
 
Antes de começar qualquer descida de rafting comercial, um instrutor da atividade passa à todos os participantes detalhadas instruções de conduta relativas à segurança. As instruções são lembradas pelos demais instrutores durante momentos estratégicos da descida por meio de comandos, e seu cumprimento é fundamental para a segurança de todos. 
 
Os primeiros relatos da prática do rafting são nos rios Colorado e Mississippi, nos Estados Unidos.
 
Níveis de Dificuldade do Rafting
 
 
 
Nível I Áreas com pedras muito pequenas, requer poucas manobras.
Nível II Algumas águas agitadas, talvez algumas rochas, pode exigir manobras.
Nível III Ondas pequenas, talvez uma pequena queda, mas sem perigo. Pode requerer habilidade de manobra significativa.
Nível IV Ondas médias, presença de poucas pedras, com quedas consideráveis, manobras mais difíceis podem ser necessárias.
Nível V Grandes ondas, possibilidade de grandes rochas, possibilidade de grandes quedas, há riscos e exige manobras precisas.
Nível VI Corredeiras extremamente perigosas, pedras e ondas enormes. O impacto da água pode até causar estragos no equipamento. O nível VI é extremamente perigoso, e pode machucar seriamente os praticante ou até levá-los à morte. Completar esse percurso exige muita habilidade.
 
 
Equipamentos
  • capacete
  • colete salva-vidas
  • caneleiras
  • tênis ou sapatilha de escalada
 
Onde Praticar
 
Bahia
Rio de Contas, Itacaré
Rio Correntina, Correntina
 
Espírito Santo
Rio Jucu, Domingos Martins
 
Goiás
Rio Corumbá, Corumbá de Goiás
 
Maranhão
Parque Nacional da Chapada das Mesas, Carolina
 
Minas Gerais
Rio Jaguari, Extrema
Rio Capivari, Lavras
Rio Corrente, Munhoz
 
Paraná
Rio Iapó, Tibagi
Rio Cachoeiras, Antonina
Rio Jaguariaíva, Jaguariaíva
Rio Ribeira, Cerro Azul
Rio Tibagi, Tibagi
 
Rio de Janeiro
Rio Macaé, Casimiro de Abreu
Rio Macaé, Lumiar
Rio Macaé, Macaé
Rio Paraibuna, Paraibuna
Ribeirão das Lajes, Seropédica
 
Rio Grande do Sul
Rio Paranhana, Três Coroas
Rio das Antas, Bento Gonçalves
 
Santa Catarina
Rio Cubatão, Santo Amaro da Imperatriz
Rio Itajai-açu, Apiúna
Rio Itajai-açu, Ibirama
Rio Braço do Norte, Vale do Braço do Norte
 
São Paulo
Rio Juquiá, Juquitiba
Rio Paraibuna, São Luís do Paraitinga
Rio do Peixe, Socorro
Rio Jacaré-Pepira, Brotas
Rio Pardo, Caconde
 

Rafting Arkansas River, Arkansas © www.arkansasrivertours.com 


Com quem praticar