CATEGORIA ATIVIDADES

 

Mergulhadora com tartaruga, Fernando de Noronha © Zaira Matheus, Projeto Tamar

 

O Mergulho Livre é uma atividade esporte que nos leva para um mundo subaquático.
 
Ele pode ser praticado na modalide mergulho livre ou apnéia, necessitando apenas de um snorkel (tubo de respiração), nadadeiras e máscara.
 
O Mergulho Livre consiste no mergulho sem o auxílio de equipamentos de respiração subaquática. O mergulhador depende exclusivamente de sua capacidade pulmonar, preparação física e principalmente do controle emocional.
 
Modalidades
 
Existem várias modalidades de mergulho livre competitivas ou não, dentre elas tem-se o mergulho contemplativo, como o nome diz, para contemplar o ambiente aquático, tem-se:
 
  • Mergulho com lastro constante, onde o mergulhador desce a uma determinada profundidade usando um cinto de lastro, porém o mesmo não pode se utilizar de cabo-guia,
  • Lastro constante sem nadadeiras, que vale as mesmas regras para o anterior salvo que o uso de nadadeiras,
  • Imersão Livre é a modalidade mais natural possível, onde o mergulhador usa apenas um cabo para descer a maior profundidade possível e retornar.
  • Tem também o Lastro Variável, onde o mergulhador desce com o auxilio de lastro controlado (sled) ligado ao cabo-guia. Após atingir a profundidade desejada, o mergulhador abandona o lastro e retorna à superfície utilizando o cabo-guia ou simplesmente usando as nadadeiras
  • e por fim o No limits, essa é a modalidade dos grandes profundistas. É derivada do lastro variável, porém a diferença está no modo de retorno à superfície. O mergulhador pode utilizar-se de um balão ou colete inflável, ou ainda outro meio mecânico para subir o mais rápido possível, devido à grande profundidade atingida.
 
No Brasil temos referências mundiais no mergulho livre, como, por exemplo, Karoline M Meyer (7 vezes recordista mundial), Ricardo da Gama Bahia (recordista mundial do Guinness Book), Carolina Schrappe (recordista sul americana), dentre outros.
 
O recorde mundial de profundidade é de -214 metros do mergulhador austríaco Herbert Nitsch, na data de 14 de junho de 2007.
 
Equipamento de Mergulho Livre
 
Para um mergulho seguro, é necessário o uso uma série de equipamentos que proporcionarão tranquilidade, conforto e, obviamente, segurança ao mergulhador.
 
Máscara de mergulho
 
A máscara de mergulho dá uma visão nítida do fundo do mar ao mergulhador, porque os raios de luz não podem ser focados sem a presença de uma camada de ar antes do olhos, permitida pela máscara. Outro efeito curioso da visão do mar é o aumento e a aproximação aparentes dos objetos em proporção cerca de 25% maior e até 2/3 mais perto que a realidade. Desse modo, se um mergulhador contar que viu um peixe de um metro, deve-se entender algo em torno de 75 centímetros. Efeito conhecido como refração.
 
Roupas isolantes
 
As roupas isolantes evitam a perda do calor do corpo e protegem a pele contra queimaduras de corais, animais venenosos ou cortes de pedras. Geralmente, são feitas de neoprene, um tipo de borracha que contém milhares de minúsculas bolhas em seu interior. Esse tipo de vestimenta foi criada em 1953, pelos irmão Bob e Bill Meistrell, fundadores da Body Glove, com o primeiro wetsuit prático da história.
 
Graças a essa característica, a água que entra na roupa não sai, logo ela é aquecida pela temperatura corporal e cria uma barreira isolante entre o mergulhador e o meio líquido no qual ele está envolto.
 
Existem também as roupas secas feitas de neoprene ou borracha vulcanizada, que impedem a passagem de água para dentro roupa. São muito usadas em locais inóspitos e muito frios, como em cavernas, mergulhos profundos, em altitudes e embaixo do gelo ou durante atividades muito prolongadas como no caso do mergulho comercial.
 
Para as "roupas secas" se exige conhecimento técnico específico, sendo que as diversas certificadoras de mergulho recreacional no mundo apresentam cursos próprios.
 
Snorkel
 
Snorkel é um tubo de aproximadamente trinta centímetros que contém um bocal e permite ao mergulhador respirar o ar do ambiente pela boca, sem levantar a cabeça da água. Os mais atuais possuem uma válvula (válvula de purga) que permite a respiração e aspiração em diferentes estágios. Possuem também um dispositivo "quebra-onda" na extremidade que auxilia no mergulho em águas marítimas, não deixando a água inundar o tubo.
 
Faca de Mergulho
 
A faca de mergulho é considerada um item de segurança no mergulho. Caso o mergulhador fique enroscado no fundo em alguma corda, linha ou rede de pesca, a faca será fundamental para livrá-lo da dificuldade.
 
A faca de mergulho ainda pode ser utilizada como martelo, chave de fenda, serra e até mesmo como unidade de medida. Seu uso no mergulho, principalmente autônomo, não deve ser para afetar seres marinhos. Entretanto, na prática de caça-submarina através de mergulho livre, a faca é útil para cortar e retirar peixes capturados.
 
Cinto de Lastro
 
Equipamento utilizado para compensar a flutuabilidade causada principalmente pela roupa isolante e pela gordura corporal. A quantidade de lastro (chumbo) varia de mergulhador para mergulhador, dependendo assim da sua flutuabilidade natural e/ou equipamento que está sendo usado. Pode ser substituído por bolso de lastro em alguns coletes equilibradores.
 
Nadadeiras
 
Uma vez que não se utilizam os braços na natação subaquática, o movimento das pernas é o responsável pelo deslocamento do mergulhador sendo assim a escolha da nadadeira é muito importante para cada tipo de modalidade.
 
Feitas de e com diferentes tipos de borracha,silicone,fibra de carbono e outros polímeros, as nadadeiras podem ser classificas em dois modelos: de calcanhar aberto (nadadeiras abertas), que exige o uso de uma bota por dentro da nadadeira; e a de calcanhar fechado (nadadeiras fechadas).
 
De tamanhos variáveis, conforme a utilização, normalmente as de tamanho grande (jumbo) são indicadas para o mergulho livre (sempre de calcanhar fechado) uma vez que se exige maior velocidade do mergulhador para atingir a profundidade desejada, já que não há suprimento de ar além dos limites dos pulmões; as intermediárias no tamanho e largura ( quase sempre de calcanhar aberto) são indicas para mergulho autônomo, que necessitam de força mais sem muita movimentação da água, pois levantaria muita suspensão (poeira do fundo) uma vez que o mergulhador autônomo ficam em contato por mais tempo com o fundo do mar. As menores e totalmente de borracha são muito utilizadas para o bodyboard e algumas forças armadas as preferem por ser mais fácil de andar uma distancia maior se necessário.
 
Lanterna
 
De uso obrigatório nos mergulhos noturnos, quando, inclusive, se exige mais de uma lanterna como equipamento de segurança, é também utilizada durante o dia para melhor visualização do interior de tocas. Quando a lanterna é apontada para uma criatura marinha ou coral ela revela a sua verdadeira cor, porque quanto mais fundo mais as cores se perdem devido à refração da luz. O único meio de se observar a verdadeira coloração é através de uma fonte alternativa de luz (lanterna).
 

 

Mergulho livre em Galápagos, Carol Schrappe © www.carolschrappe.com

 


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 Mergulho em Fernando de Noronha © www.islandsbrazil.blogspot.com.br
 
O Mergulho Autônomo (Scuba Diving) é uma modalidade esportiva que nos leva para um mundo subaquático. É a prática que consiste em submergir total ou parcialmente na água utilizando-se de equipamento autônomo de respiração, o equipamento de mergulho.
 
A modalidade requer equipamentos: mascara, snorkel, nadadeiras, cilindro de ar comprimido, relógio, e dependendo da temperatura da água, roupa de neoprene, luvas e uma série de outros acessórios. Por ter consigo uma fonte de ar comprimido, o mergulhador pode permanecer mais tempo submerso do que nas técnicas do mergulho de apneia e/ou snorkeling, e não está ligado à superfície por umbilicais de ar.
 
O mergulhador autônomo tipicamente movimenta-se sob a água utilizando-se de nadadeiras. O mergulho autônomo é conhecido internacionalmente pelo termo 'Scuba' que é um acrônimo para "Self Contained Underwater Breathing Apparatus".
 
Em 1933, o capitão da marinha francesa Yves Le Prieur, baseado no aparelho de Rouquayrol-Denayrouse acoplaram uma válvula de demanda a um cilindro de ar comprimido de alta pressão desenvolvendo o primeiro equipamento realmente autônomo de mergulho, eliminando por completo os cabos e mangueiras. Entretanto, este equipamento fornecia ar constantemente ao mergulhador desperdiçando boa parte do seu reservatório, diminuindo assim o tempo de mergulho.
 
A solução foi encontrada pelos franceses Jacques-Yves Cousteau (tenente da marinha francesa) e Emile Gagnan (engenheiro da Air Liquide) em 1942/1943 quando projetaram uma válvula que oferecia ar ao mergulhador quando inspirasse. Esta válvula ligada ao cilindro de alta pressão, batizado de Aqualung, alterou por completo o mundo do mergulho, permitindo maior tempo de submersão, conforto e segurança.
 
Razões para praticar mergulho autônomo
 
As pessoas mergulham por várias razões:
 
  • Permite que biólogos e pessoas interessadas aproximem-se da vida marinha.
  • Cada mergulhador tem alguma coisa diferente a oferecer.
  • É um mundo diferente lá em baixo.
  • É muito educativo.
  • É divertido.
  • Permite que pessoas trabalhem sob a água facilmente.
  • É uma atividade externa relaxante.
  • Permite pesquisa marinha
     
Classificação do Mergulho
 
Apesar do mergulho autônomo estar em constante evolução, algumas classificações descrevem as várias categorias de mergulho.
 
Estas classificações incluem, entre outros:
 
  • Mergulho Amador ou Recreativo
  • Mergulho Comercial
  • Mergulho Militar
  • Mergulho de Combate
  • Mergulho de Resgate
  • Mergulho Científico
  • Mergulho Técnico (Tech Divers)
  • Mergulho em caverna
  • Mergulho Profundo
  • Mergulho no Gelo
  • Mergulho em Naufrágio
 
Dentre os mergulhadores recreativos existem aqueles que são considerados mergulhadores profissionais, porque possuem um padrão profissional de treinamento e conhecimentos (e em teoria, de acordo com as legislações locais, devem ter um seguro específico).
 
Alguns consideram o mergulho técnico como um subconjunto do mergulho recreativo, mas outros os separam, visto a grande diferença de equipamentos, treinamento e conhecimento necessário para os mergulhos técnicos. De toda forma, o mergulhador técnico recebeu o treinamento do mergulhador recreativo como base ao seu treinamento técnico.
 
Mergulhadores de segurança pública, como policiais e bombeiros, e mergulhadores militares podem ser classificados como mergulhadores comerciais porque tem o mergulho como profissão. Entretanto, mergulhadores de segurança pública e mergulhadores militares têm objetivos diferentes dos mergulhadores comerciais típicos.
 
O mergulho científico é usado pelos cientistas marinhos (incluindo biólogos e arqueólogos subaquáticos), como ferramenta para coleta de seus materiais de pesquisa.
 
Problemas do Mergulho / Respirando sob a água
 
A água normalmente contém oxigênio dissolvido, de onde os peixes e outros animais aquáticos extraem todo o oxigênio de que necessitam quando a água flui através de suas guelras. Como os humanos não possuem guelras não existe outra forma de respirar sob a água sem a ajuda de dispositivos externos.
 
No passado, mergulhadores experimentais rapidamente descobriram que não é suficiente, simplesmente fornecer ar para respirar confortavelmente sob a água. Durante a descida, em adição a pressão atmosférica normal, a água exerce uma pressão crescente no peito e pulmão - aproximadamente 1 BAR ou 14.7 PSI para cada 33 pés ou 10 metros de profundidade - então a pressão durante a inspiração deve ser a exatamente contrária do entorno, ou pressão ambiente, para inflar os pulmões.
 
Por prover continuamente o gás respirado à mesma pressão do ambiente, as modernas válvulas de demanda dos reguladores, garantem que o mergulhador possa inspirar e expirar natural e virtualmente sem esforço, independente da profundidade. Como o mergulhador tem os olhos e nariz cobertos pela máscara de mergulho, ele não pode respirar pelo nariz, exceto usando uma máscara de mergulho de face toda. Entretanto, inspirar através do bocal do regulador rapidamente torna-se uma segunda via natural.
 
Bandeira Mergulhador Submerso (Diver Down) - Informa que mergulhadores estão submersos próximos ao barco
 
O equipamento de mergulho autônomo mais habitualmente usado hoje em dia é o regulador de dois estágios, acoplado a um cilindro de gás pressurizado. Este regulador de dois estágios difere do desenho original de Emile Gagnan e Jacques Cousteau, de 1942, conhecido como Aqualung, no qual a pressão do cilindro era reduzida à pressão do ambiente num único estágio. O sistema de dois estágios tem vantagens significantes sobre o original de um estágio.
 
No modelo de dois estágios, o primeiro estágio do regulador reduz a pressão do cilindro de 200 bar (3000 psi) aproximadamente para uma pressão intermediária de cerca de 10 bar (145 psi). O segundo estágio, a válvula de demanda do regulador, conectado via uma mangueira de baixa pressão ao primeiro estágio fornece à boca e pulmões do mergulhador o gás para respiração na exata pressão do ambiente. Os gases expirados pelo mergulhador são liberados diretamente ao ambiente como descarte. O primeiro estágio tipicamente tem pelo menos uma saída de gás em alta pressão. Esta é conectada ao medidor de pressão ou computador do mergulhador, de forma a indicar a quantidade restante de gás para respirar.
 
Para alguns mergulhos, uma mistura diferente do ar atmosférico normal (21% oxigênio, 78% nitrogênio, 1% outros) pode ser usado, desde que o mergulhador tenha o treinamento necessário para seu uso. A mistura mais comumente usada é Nitrox, que é ar com oxigênio extra, normalmente 32% ou 36% de oxigênio, e menos nitrogênio, reduzindo os efeitos da doença descompressiva e narcose por nitrogênio.
 
Várias outras misturas de gases estão em uso, e todas necessitam de treinamento especializado. Por exemplo o Trimix, que é uma mistura de oxigênio com hélio e um percentual de nitrogênio reduzido.
 
No caso de mergulho técnico mais de um cilindro pode ser levado, cada um contendo uma mistura diferente de gases para distintas fases do mergulho, tipicamente designado como Travel, Bottom, e Decompression. Estas diferentes misturas de gases podem ser usadas para aumentar o tempo de fundo, reduzir os efeitos da narcose do gás inerte e reduzir os tempos de descompressão.
 
Traumas causados pela variação da pressão do ar
 
Mergulhadores devem evitar traumas causados pelas variações da pressão do ar. A altura da coluna de água sobre o mergulhador causa um aumento da pressão na pressão do ar em qualquer material compressível: roupas, pulmão, seios da face; em proporção com a profundidade, da mesma forma que o ar atmosférico causa uma pressão de 1 kgf por centímetro quadrado ou 14,7 psi libras por polegada quadrada no nível do mar.
 
Traumas por pressão são chamados barotrauma e podem ser dolorosos, em casos severos rompendo o tímpano ou causando problemas nos seios da face. para evitá-los, o mergulhador equaliza a pressão em todos os espaços aéreos com a pressão da água quando trocando de profundidade.
 
O ouvido médio e os seios da face são equalizados utilizado-se uma de duas técnicas:
 
  1. A primeira técnica é conhecida como a "manobra de Valsalva", que consiste em tapar o nariz e gentilmente tentar expirar por ele.
  2. A segunda técnica é conhecida como a "manobra de Frenzel", que consiste no movimento de engolir utilizando-se dos músculos da garganta. Esta manobra é mais difícil de dominar do que a manobra de Valsalva.

A máscara é equalizada periodicamente expirando pelo nariz.
No caso de roupa seca, ela deve ser equalizada também inflando e desinflando, similar ao colete equilibrador.
 
Efeitos de respirar gás em alta pressão / Doença descompressiva
 
O mergulhador deve evitar a formação de bolhas de gás no corpo, chamada doença descompressiva ou 'the bends', liberando a pressão da água sobre o corpo lentamente no final dos mergulhos permitindo assim que os gases solubilizados na pressão sanguínea, gradualmente, novamente se gaseifiquem e saiam do corpo, chamado "off-gassing". Isto é feito através de subidas lentas até a superfície, paradas de segurança ou paradas descompressivas, guiado por um computador de mergulho ou tabelas descompressivas.
 
Doenças descompressivas devem ser tratadas rapidamente, normalmente em câmaras de compressão. Administrar respiração com gás enriquecido com oxigênio, ou oxigênio puro, para um mergulhador com doença descompressiva pode ser uma boa ação de primeiro socorro, entretanto uma fatalidade ou uma seqüela permanente pode ainda ocorrer.
 
Narcose por nitrogênio
 
Narcose por nitrogênio ou narcose por gás inerte é uma alteração reversível na consciência, produzindo um estado similar à intoxicação alcoólica, em mergulhadores que respiram alta pressão de gás em mergulho profundo. O mecanismo é similar ao óxido nitroso, ou "gás do riso" administrado como anestesia. "Narcosado" um mergulhador pode ter seu julgamento prejudicado tornando o mergulho muito perigoso. A narcose inicia seus efeitos no mergulhador principalmente a cerca de 30 metros, com uma leve perda de orientação, capacidade de raciocínio lógico, e dificuldade em se executar tarefas simples, entre outras.
 
Porém, a ocorrência da narcose por nitrogênio a profundidades superiores a 30 metros não é uma regra, e casos de narcose por nitrogênio já ocorreram em profundidades inferiores a 20 metros. Os efeitos crescem com o aumento da profundidade. Jacques Cousteau excelentemente a descreveu como "arrebatamento das profundezas".
 
A narcose por nitrogênio ocorre rapidamente e os sintomas normalmente diminuem conforme o mergulhador diminua a profundidade em que se encontra, o que normalmente faz com que os mergulhadores não percebam que foram afetados. Isto afeta os mergulhadores de forma particular segundo a profundidade e condições (físicas, psicológicas e do ambiente em que está - pouca visibilidade, temperatura da água, presença de vida marinha), e podem sempre variar de mergulhador para mergulhador expostos às mesmas condições.
 
Mergulhar com Trimix (mistura composta de Hélio, Oxigênio e Nitrogênio) ou Heliox (Hélio e Oxigênio) previne a ocorrência de narcose pela diminuição da porcentagem de Nitrogênio na mistura gasosa.
 
Intoxicação por oxigênio
 
Intoxicação por oxigênio ocorre quando o oxigênio no corpo excede a "pressão parcial" segura (PPO2). Em casos extremos ela afeta o sistema nervoso central e causa convulsão, quando o mergulhador pode cuspir o regulador e afogar-se.
 
Intoxicação por oxigênio pode ser prevenida nunca mergulhando além da profundidade máxima para determinado gás. Para mergulhos profundos, (geralmente além dos 139 pés/40 metros) misturas pobres em oxigênio, contendo menos oxigênio que o ar atmosférico são usadas.
 
Refração e visão subaquática
 
A água possui um índice de refração similar aos das córneas dos olhos e maior que o ar. A luz entrando na córnea desde a água e fortemente refratada, deixando somente as lentes cristalinas dos olhos para focalizar a luz. Isto cria uma hipermetropia muito forte. Pessoas com miopia severa, entretanto, podem ver melhor dentro de água sem a máscara que pessoas com visão normal.
 
Máscaras de mergulho, capacetes de mergulho e máscara de rosto todo resolvem este problema criando um espaço aéreo na frente dos olhos do mergulhador. O erro de refração criado pela água é quase todo corrigido quando a luz atravessa da água para o ar através das lentes planas, exceto que os objetos aparecem 34% maiores e 25% mais próximos na água salgada, do que eles realmente são. Entretanto o campo de visão total é significativamente reduzido e a coordenação olhos-mãos deve ser ajustada. Isto afeta a fotografia subaquática: uma câmera vendo através da janela plana de sua caixa estanque é afetada como os olhos do usuário vendo através da janela plana da máscara, e o usuário deve ajustar o foco para a distância aparente e não para a distância real.
 
Mergulhadores que necessitam de lentes corretivas para ver bem fora da água necessitariam da mesma prescrição enquanto usando uma máscara. Lentes genéricas e corretivas são disponíveis para algumas máscaras de lentes duplas. Lentes personalizadas podem ser colocadas em máscaras que tem um única lente.
 
Máscaras de abóbadas duplas "Double-dome" restaura a visão panorâmica, permitindo que objetos sejam vistos nos seus tamanhos e distâncias reais. Os mergulhadores devem ser míopes para usar as máscaras "double-dome"; entretanto, mergulhadores com visão normal podem usar lentes descartáveis que os tornem temporariamente míopes.
 
À medida que o mergulhador muda de profundidade, ele deve periodicamente expirar através do nariz para equalizar a pressão interna da máscara com a pressão da água. As máscaras de natação que somente cobrem os olhos não permitem equalizar e portanto não são adequados ao mergulho.
 
Controlando a flutuabilidade subaquática
 
Para mergulhar com segurança, mergulhadores necessitam controlar sua taxa de descida e subida na água. Ignorando outras forças como as correntes marítimas e natação, a flutuabilidade geral do mergulhador determina se ele desce ou sobe. Equipamentos como o cinto de lastro, roupas de mergulho (roupas secas, molhadas ou semissecas são usadas dependendo da temperatura da água) e o colete equilibrador podem ser usados para ajustar a flutuabilidade geral. Quando o mergulhador quer permanecer a uma profundidade constante, ele tenta obter uma flutuabilidade neutra. Isto minimiza o consumo de gás causado pelo nadar necessário para manter a profundidade.
 
A força para baixo exercida no mergulhador é o resultado do peso do mergulhador e seu equipamento menos o peso do mesmo volume de líquido no qual ele está imerso; se o resultado é negativo, a força é para cima. Cintos de lastro podem ser retirados para reduzir o peso do mergulhador e causar a subida em uma emergência. Roupas de mergulho, normalmente feitas de material compressível, se comprime quando o mergulhador desce, e se expande quando o mergulhador sobre, criando variações involuntárias de flutuabilidade. O mergulhador pode injetar ar em algumas roupas de mergulho para anular o efeito. Coletes equilibradores permitem ajustes fáceis e finos na flutuabilidade geral.
 
Evitando perder o calor do corpo
 
A água conduz o calor do mergulhador 25 vezes melhor que o ar, o que pode levar a uma hipotermia mesmo em temperaturas agradáveis. Os sintomas da hipotermia incluem problemas de julgamento e destreza, o que podem rapidamente ser fatal no ambiente aquático. Em todas, mas especialmente em águas frias, o mergulhador necessita de isolamento térmico oferecido pelas roupas de mergulho, molhadas ou secas. Veja mais nos artigos “Roupas de mergulho”, “Roupas molhadas” e “roupas secas”.
 
No caso de roupas molhadas, a roupa é desenhada para minimizar a perda de calor. Roupas molhadas normalmente são feitas de neoprene que tem pequenas células de gás, geralmente nitrogênio, presas em seu interior durante o processo de fabricação. A baixa condutividade térmica destas células expansíveis de neoprene, significa que as roupas reduzem a perda de calor do corpo através da condutividade com o ambiente aquático. O neoprene neste caso age como um isolante.
 
A segunda forma que as roupas molhadas reduzem a perda de calor é mantendo uma fina camada de água entre a pele do mergulhador e a roupa propriamente dita. O corpo aquece e aquece a água presa na roupa. As roupas molhadas de forma geral oferecem uma vedação razoável nas partes abertas (pescoço, punhos e pernas), isto reduz o fluxo de água sobre a superfície do corpo, reduzindo a perda de calor do corpo pela convecção e portanto mantém o mergulhador aquecido (este é o princípio empregado no uso da roupa “semisseca”).
 
Roupas secas estão em duas principais categorias neoprene e membrana; ambos os sistemas tem seus prós e contras, mas geralmente eles podem ser reduzidos à:
 
“Membrana”: alto nível de manobrabilidade do mergulhador devido a espessura fina do material, entretanto isto significa roupas de baixo mais pesadas para mergulho em águas frias.
 
“Neoprene”: baixo nível de manobrabilidade do mergulhador devido ao material ser consideravelmente mais grosso que o material da membrana (mesmo em se tratando de neoprene comprimido) entretanto, o neoprene oferece um alto nível de isolamento para mergulhador.
 
Evitando cortes e arranhões
 
Roupas de mergulho também ajudam a prevenir cortes no mergulhador, devido a objetos ásperos e pontiagudos no fundo do mar bem como animais marinhos ou coral.
 
Mergulhando mais tempo e mais profundo com segurança
 
Existem muitas técnicas para aumentar a habilidade do mergulhador de modo a ir mais profundo e por mais tempo:
 
  • mergulho técnico – mergulho a mais de 130 pés/40 metros e/ou usando mistura de gases.
  • mergulho de saturação – uso por longo tempo de habitáculo submerso sob pressão e uma diminuição gradual da pressão ao longo de vários dias em uma câmara de descompressão no final do mergulho.
 
Mobilidade subaquática
 
O mergulhador necessita mobilidade sob a água. A hidrodinâmica do mergulhador reduzirá o arrasto e dará mobilidade. A mobilidade pessoal é incrementada pelas nadadeiras e DPV.
 
 
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National Audubon Society, é uma organização não-governamental dedicada à conservação da natureza.
 
Localizada nos Estados Unidos da América, fundada em 1005, é uma das mais antigas organizações que faz uso das ciências, educação e defesa do meio ambiente para implementar sua missão conservacionista.
 
Seu nome é homenagem a John James Audubon (Jean-Jacques Audubon), um franco-americano naturalista, ornitólogo. Audubon catalogou, pintou e decreveu as aves da AMérica do Norte em seu famoso livro Birds of America, publicado em partes de 1827 a 1838.  
 
Viagens organizadas para atender a interesses especiais (special interest travels) foram moda por muito tempo na Europa: observação de flora e fauna, visitas a castelos, museus, viagens gastronômicas.Porém, a observação de aves teve seu início na década de 1940, nos Estados Unidos, quando John Baker, então presidente da Audubon Society, ficou preocupado com o dilema de algumas espécies ameaçadas da Flórida (snail kites, sandhill cranes e crested caracaras).
 
Era difícil motivar a população para a proteção dessas aves em virtude do impacto econômico da caça aos patos selvagens para a hotelaria local, considerando que os observadores de aves naqueles tempos ainda não eram representativos.
 
A National Audubon Society se movimentou no sentido de motivar a observação de tais espécies. A idéia funcionou. Os hotéis às margens do Lago Okeechobee logo ficaram repletos de observadores de aves que se inscreveram para excursões conduzidas por guias especializados e guardas-parques.
 
A atividade de observar aves nos Estados Unidos pode ser dividida em quatro períodos:
 
1. quando Willian Brewster e seus colegas organizaram observações;
 
2. quando a National Audubon Society popularizou a observação de aves e difundiu critérios de proteção para esses animais (na virada do século XX);
 
3. a partir da produção do guia de aves, iniciado em 1934 por Roger Tory Peterson, fazendo com que o número de observadores subisse para milhões;
 
4. atualmente, quando a facilidade das comunicações e das viagens permite que observadores de aves viajem ao redor do planeta à procura de aves interessantes e raras.
 
 
 

Remando ao por do sol...

 

A canoagem é uma atividade náutica, praticada com canoa ou caiaque, sendo modalidade olímpica desde 1936.

As canoas foram desenvolvidas no transcurso de milhares de anos primeiramente pelos povos nativos da América do Norte. A palavra que conhecemos hoje (canoa) deriva da palavra Kenu, que significa dugout, um tipo de canoa feito de tronco de árvore. Por muitos anos e atualmente em alguns locais, é o meio de transporte mais usado na colonização da América do Norte, Amazonas e Polinésia.

Tipos de Canoagem

Canoagem em Ondas

Divide-se em duas classes:
Surf Kayak, é a tradicional canoagem em ondas, onde o canoísta surfa dentro de um caiaque vestindo um saiote impermeável
Wave Ski, que utiliza um remo com duas pás e uma prancha (com encaixe para os pés em cintas) para executar monobras técnicas e nas condições mais críticas das ondas – exige grande perícia.

Canoagem Oceânica:

Tem por objetivo percorrer, no menor tempo possível, um percurso predeterminado em águas marinhas. Tem as categorias: masculina, feminina e mista.
Divide-se nas categorias:

Junior (15 a 18 anos)
Sênior (19 a 34 anos)
Máster (35 a 44 anos)
Super Máster (de 45 anos em diante).

Caiaque Pólo
É uma espécie de handebol praticado por cinco canoístas por equipe, com três reservas, com substituições ilimitadas, em 'quadra' de 35m x 23m, delimitada em piscina. lago ou rio. A bola utilizada é igual a de pólo-aquático e os caiaques têm no máximo 3m de comprimento. O gol tem tem uma trave de 1,0m x 1,5m e está suspensa a 2,0m da superfície da água. As partidas têm dois tempos de 10 minutos e a bola ser jogada com a mão ou o remo.

Canoagem Rodeo
Modalidade em que o caiaque é bem menor do que os convencionais onde o canoísta, tem por objetivo entrar em uma onda ou refluxo e realizar diversas manobras técnicas sem sair da onda, executando movimentos e uma variedade de figuras preestabelecidas.

Canoagem Turismo
Não se trata de uma modalidade competitiva. Praticada por pessoas que querem simplesmente fazer passeios em rios e corredeiras, contemplando a paisagem e natureza. Pode ser praticada em diversos ambientes aquáticos: rios, represas, lagos, manguezais, mares e oceanos (para os mais experientes). Deve-se ter cuidado ao escolher a embarcação adequada para a situação a ser enfrentada. Os caiaques do tipo oceânico são os mais propícios para remadas que envolvam longas distância, são rápidos e possuem compartimento de carga que permitem levar provisões. A canoa canadense são apropriadas para águas abrigadas (rios, represas, lagos), mas não são tão rápidas quanto os caiaques, mas possuem uma capacidade superior para carga. Numa expedição que envolva vários dias, uma ou mais canoas canadenses são bem vindas, nelas poderão ser transportados equipamentos maiores além de acomodarem com conforto duas pessoas.

Descida
Praticada em águas brancas (corredeiras) e como o nome indica, desce a favor do fluxo do rio. Vence quem fizer o percurso no menor tempo possível. É uma modalidade que exige muita habilidade e controle de caiaque em meio às águas turbulentas.

Canoagem Maratona
Esta modalidade é disputada com as mesmas embarcações da canoagem de velocidade, apenas diferindo por serem mais leves. As competições realizam-se em distâncias superiores a 15 km. Durante a competição, os atletas são obrigados a realizar um ou mais percursos em terra correndo com a embarcação na mão, onde aproveitam para se alimentar e hidratar.

Slalom
Praticada em corredeiras (águas brancas), nesta modalidade o objetivo é percorrer um trajeto de aproximadamente 300m, ultrapassando até 25 portas (balizas) na seqüência numérica e no sentido indicados (a favor e contra a correnteza). Modalidade olímpica desde 1992, a canoagem Slalom é praticada com caiaques ou canoas em águas rápidas, em percursos que variam entre 250 e 300 metros, definidos por "portas", que o canoeiro deve percorrer sem faltas e no menor tempo possível. Os canoeiros devem passar por 18 a 25 "portas", penduradas por arames suspensos, seguindo a sequência numérica e o sentido indicado nelas – a favor ou contra a correnteza. O percurso deve ser percorrido duas vezes (com a soma dos tempos) e penalidades equivalem a um determinado número de pontos. Cada ponto é igual a um segundo de acréscimo no tempo final. Tocar com o corpo, a embarcação ou o remo numa das balizas da porta ultrapassada, por exemplo, equivale a uma penalidade de dois pontos. Irregularidades mais graves como puxar a "porta" intencionalmente, cruzar a "porta" na direcção inversa, deixar de passar por uma "porta" ou ultrapassar uma "porta" de cabeça para baixo são punidas com 50 pontos, o que significa um acréscimo de 50 segundos no tempo final. Vence quem fizer o percurso em menos tempo, incluindo todas as penalidades. Nas Olimpíadas, a modalidade é disputada nas categorias K1 (M/F), C1 e C2. Nos Campeonatos Mundiais, existem provas disputadas por equipe, com três barcos de cada categoria. 

Características dos barcos do Slalom:
K1 - Caiaque para uma pessoa. Comprimento mínimo: 3,50 m. Largura mínima: 0,60 m. Peso mínimo: 9 kg.
C1 - Canoa para uma pessoa. Comprimento mínimo: 3,50 m. Largura mínima: 0,65 m. Peso mínimo: 10 kg.
C2 - Canoa para duas pessoas. Comprimento mínimo: 4,10 m. Largura mínima: 0,75 m. Peso mínimo: 15 kg.

Velocidade / Sprint
É a competição mais conhecida e praticada. É realizada em rios ou lagos de águas calmas, em raias demarcadas para até nove embarcações. Em raias, desenrola-se em canais construídos artificialmente, com 2.000m de comprimento e 3m de profundidade, com um percurso de nove pistas, balizado. As competições disputam-se em embarcações muito delgadas e rápidas e muito instáveis, denominadas de: caiaque (K1, K2 e K4) e canoa (C1 C2 e C4). Nos Jogos Olímpicos, realizam-se competições nas distâncias de 500 e 1000 metros. Em campeonatos mundiais e campeonatos continentais além das distâncias olímpicas realizam-se ainda competições de 200 metros. A modalidade é praticada em embarcações de 1, 2 ou 4 pessoas.

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Equipamentos

- canoa ou caiaque
- remos
- capacete
- colete salva-vidas


Com quem praticar



Águas Radicais, Brotas, SP
Águas Vivas Aventuras, Tibagi, PR
Alaya Expedições,  Brotas, SP
Amazônia Ecolazer Expedições, Manaus, AM

Ativa Rafting e Aventuras, Apiúna, SC
Aui Mauê, Socorro, SP
Brotas Aventura Canoar, Brotas, SP
Canaã Turismo, Corumbá, MS
Cipoeiro Expedições, Jaboticatubas, MG
Eco Adventure Tour, Parnaiba, PI
Ecoventure, Brotas, SP
Hotel Fazenda Baía das Pedras, Campo Grande, MS
Juma Lodge, Autazes, AM
Korubo, Palmas, TO
Landscape Best Trips, São Paulo, SP
Makunaima Expedições, Boa Vista, RR
Olhar Turismo, Belo Horizonte, MG
Partidas e Chegadas, Fortaleza, CE
Pousada Ayshawa, Xapuri, AC
Proximaventura Desafios Outdoor, Socorro, SP
SpAventura, Ibiúna, SP
Terra de Aventuras, Brotas, SP


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Para divulgar

Envie mensagem para: assistente@ecobrasil.org.br

 

"O cicloturismo é uma forma de turismo que consiste em viajar utilizando como meio de transporte uma bicicleta."

É uma maneira saudável, econômica e ambientalmente amigável de se fazer turismo.

O tipo de bicicleta utilizada para uma viagem, deve ser além de confortável, forte e em bom estado, deve permitir que se percorra qualquer tipo de piso, ou seja, asfalto e terra. A bicicleta necessita de revisões periódicas, que depende da viagem e do tipo de pisos que percorrerá. É importante que o cicloturista tenha noções básicas de como montá-la e desmontá-la, trocar ou consertar a corrente, regular freios e troca marchas.


As Bicicletas

Touring Bike
Velozes, estáveis, confortáveis, completas, caras, ideais para estradas asfaltadas, mas enfrentam bem estradas de terra.

Híbridas
Possibilidade de suspensão, confortáveis, relativamente velozes, posição do ciclista mais em pé, normalmente o quadro é projetado para receber bagageiros, pára-lama e gerador, opção de bicicletas completas; inúmeras opções de geometria / uso, possibilidade de encontrar meio termo entre touring bike e mountain bike, normalmente mais baratas que uma touring bike. 

Mountain Bike
Para qualquer condição, relativamente lenta no asfalto, estável em todas condições, muitos modelos vem sem pontos de fixação para equipamentos.

Modalidades de cicloturismoautônoma e com suporte

Cicloturismo com autonomia pode ser praticado tanto solitariamente como em grupo. Nesta modalidade o cicloturista leva consigo tudo o que precisa na viagem, normalmente nas bolsas para bicicleta chamadas alforjes.

Na modalidade Cicloturismo com suporte, o cicloturista contrata o serviço de uma operadora, que organiza o roteiro, hospedagem e alimentação, normalmente transporta os pertences do viajante e oferece serviço de guia. Podem inclusive fornecer a bicicleta e peças de reposição.

Segurança

  • pedalar em estrada é mais seguro que pedalar na cidade, mas cuidado, sempre é perigoso para quem é irresponsável e não usa equipamento de proteção;
  • evite estradas de grande movimento;
  • pedale sempre no acostamento e na mão de direção da pista, pois acidentes envolvendo ciclistas na contra-mão costumam ser fatais;
  • a maioria dos acidentes ocorre com o ciclista cruzando a estrada;
  • cruze os acessos e saídas da estrada pelo caminho mais curto - não fique no meio da pista;
  • no caso da falta de acostamento, pedale próximo a faixa branca da direita;
  • boa parte dos acidentes acontecem ao nascer ou pôr do sol;
  • mantenha distância adequada do outro ciclista, principalmente nas descidas;
  • sinalize suas intenções;
  • se precisar, peça ajuda na Polícia Rodoviária, em geral cordial e prestativa.

O básico para viagem

  • água, água, água;
  • capacete que vista perfeitamente e seja bem ventilado;
  • óculos de proteção;
  • bermuda e camisa de ciclismo;
  • chapéu ou boné;
  • corta vento / capa de chuva;
  • telefone celular;
  • protetor solar;
  • papel higiênico;
  • creme hidratante ou vaselina para as nádegas.
     

Equipamentos / Vestuário

Capacete

Use  sempre! Apesar de não ser obrigatório por lei, ele é imprescindível.

Luvas

Um bom par de luvas protege suas mãos, que quase sempre ficam feridas numa eventual queda. 
As luvas amortecem grande parte dos impactos recebidos no guidão.

Bermuda

A bermuda de ciclismo é muito importante para evitar assaduras na parte interior das coxas. Escolha bermudas acolchoadas que ajudam a minimizar as dores na região das nádegas. Evite os acolchoados de camurça ou outros materiais exigem cuidados especiais ao lavar.

Refletivos

Use e abuse de refletivos, tanto na bicicleta quanto no corpo. Mesmo que não pretenda pedalar à noite, imprevistos acabam acontecendo. Não se esqueça de deixar os refletivos bem visíveis, não só na frente e atrás da bicicleta, como nas laterais. No capacete e nas rodas (entre os raios) são bons locais, já os pedais não, eles ficam tampados pelos alforjes. Pequenas faixas refletivas presas com velcro ao redor dos braços (na altura do bíceps) são fáceis de colocar além de visíveis de qualquer ângulo.

Ferramentas e Peças de Reposição

Se seu roteiro de viagem passar por locais isolados, previna-se. Leve ferramentas e peças de reposição, seja a bicicleta usada ou nova. Muitas vezes são necessários ajustes de raios, caixa de direção e outros, que só serão percebidos ao se pedalar com a bicicleta carregada.

O indicado é levar chaves de boca, Allen e Philips, necessárias para regular e desmontar sua bicicleta: freios, pedais, câmbios, raios, bagageiros, e rodas no caso de não serem de blocagem rápida. Se o movimento central não for selado, também será necessária uma chave específica para sua desmontagem, para que sejam feitas sua limpeza e lubrificação. Outros itens básicos são chave para corrente, chave de fenda, chave de boca regulável e um alicate.

Para os pneus 

  • alicate de mandíbula solta e de bico
  • kit de reparo (espátula, cola, remendo, lixa, tesoura) 
  • bomba de ar
  • jogos de chave de fenda Allen e Philips
  • câmeras de reserva
  • sacador de válvula 
  • chaves de boca, inglesa, de raio


Miscelânea

  • durepox
  • arames (várias espessuras)
  • sacador de  pino de corrente
  • fita adesiva larga
  • sacador de pé-de-vela
  • serrinha e lima
     

Peças sobressalentes  

  • cabos para câmbios e freios 
  • braçadeiras de vários tamanhos 
  • parafusos e porcas 
  • válvula reserva


Cuidados com a Alimentação

É importante tomar um café da manhã reforçado, depois, comer frutas e lanches rápidos durante a pedalada para, finalmente, fazer uma refeição mais forte no final do dia.

O necessário, a cada uma ou duas horas, serem repostos os sais minerais perdidos durante o esforço físico. Frutas secas, biscoitos, ou então um sachezinho de mel ou uma barra de cereais  são suficientes. São indicados alimentos ricos em potássio (p.ex. banana e damasco, frescos ou secos). A reposição de sais também pode ser feita por isotônicos.

Devem ser evitados alimentos muito gordurosos (chocolate, batata frita, biscoito recheado), pois a gordura leva muito tempo para ser digerida e absorvida pelo organismo, não fornecendo a energia necessária durante a pedalada. Dê preferência aos alimentos ricos em açúcares e carboidratos.

A fórmula é de que as refeições sejam completas: carboidratos, proteínas, gorduras e fibras em cada uma delas.

Estes elementos podem ser obtidos, por exemplo, em:

  • carboidratos - pão, biscoito, granola, macarrão, arroz
  • proteínas - queijo, leite, ovo, carne, arroz + feijão
  • gorduras - manteiga, maionese, castanhas
  • fibras - frutas, granola.


Hidratação

A regra é beber água antes de sentir sede. 


Para isso mantenha a água sempre a mão, instalando pelo menos duas caramanholas na bicicleta.
Vá bebendo água aos poucos, mas freqüentemente.
Assim, seu organismo assimila melhor do que se você passar sede e depois beber a água toda de uma vez.

Muitos sinais de sede ou leve desidratação são às vezes ignorados ou confundidos com outros problemas. Uma dor de cabeça, enjôo ou asia pode ser simplesmente um reflexo da falta de água no organismo. Além disso, quando desidratado você sente mais cansaço, ficando mais sujeito a distrações e acidentes.

Outros líquidos além da água, são bem vindos desde que não sejam ácidos nem alcoólicos:

  • os sucos de frutas cítricas e outras frutas ácidas - p.ex. abacaxi, exigem mais água do organismo, para ser eliminada esta acidez, do que a que forneceram.
  • perda de água ocorre se ingerimos bebidas alcoólicas - a cerveja possui o agravante de ser diurética;
  • evite o café e outras bebidas como chá preto e energéticos (tipo "Redbull") porque eles contêm cafeína que é também diurética;
  • são desaconselhados os refrigerantes, pois em geral são ácidos por causa do gás - saciam a sede momentaneamente mas acabam causando déficit de água no organismo;
  • a água de coco é ótima, pois além de hidratar repõe os sais minerais, não possuindo nenhuma contra-indicação;
  • gatorade e outros isotônicos são bons mas não são imprescindíveis como a moda e a mídia fazem parecer.


Cuidado com a qualidade da água que se toma no caminho. Não confie nas bicas, mesmo que as pessoas locais digam que é pura e que a vida a beberami. Para não depender de água mineral engarrafada, nem arriscar ficar com um desastroso desarranjo intestinal, deve-se utilizar algum produto para esterilizar a água - p.ex. o Hidrosteril).

Primeiros Socorros

Se puder, faça um curso de primeiros socorros - pode ser útil para você e para eventuais companheiros de viagem. 

Leve sempre um pequeno kit de primeiros socorros, contendo:

  • fita de crepe em duas larguras
  • esparadrapo, gaze, band-aid, algodão
  • sabão, água oxigenada
  • tesoura, agulha, pinça, alfinete de segurança (de fralda)
  • termômetro
  • analgésico, anti-histamínico, sal de frutas
  • pastilhas para garganta, colírio
  • saches de sal e açúcar para improvisar soro
  • soro de reidratação concentrado
  • isqueiro, canivete, papel e caneta
  • repetente de insetos


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Com quem pedalar

Adrenailha, Florianópolis, SC
Adventure Park, Santa Isabel, SP
Alaya Expedições,  Brotas, SP
Altus Turismo Ecológico, Campos do Jordão, SP
Aracnos Montanhismo, Sao Bento do Sul, SC
Boca da Onça Ecotour, Bodoquena, MS
Extremo Nordeste, Jijoca de Jericoacoara, CE
Gondwana Brasil Ecoturismo, Curitiba, PR
Hotel Fazenda 3 Pinheiros, Resende, RJ
Landscape Best Trips, São Paulo, SP
Makunaima Expedições, Boa Vista, RR
Maris Ecoturismo, Maraú, BA
Martin Travel, Foz do iguaçu, PR
MW Trekking, São José do Barreiro, SP
O2 Expedição Cicloturismo, Curitiba, PR
Pisa Trekking, São Paulo, SP
Portomondo Adventure, Arraial D`Ajuda, BA
Rastro de Luz, Carangola, MG
SpAventura, Ibiúna, SP 
Simbiose Aventura, Pindamonhangaba, SP
Suçuarana Roteiros e Expedições, Cavalcante, GO
Triboo! Turismo Aventura, Itajubá, MG
Trilhas do Rio, Rio de Janeiro, RJ
Vertical Trip Adventures, Lençóis, BA

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Para divulgar

Envie mensagem para: assistente@ecobrasil.org.br