CATEGORIA CONCEITOS
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Trilhas - Índice Geral
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Organização: Roberto M.F. Mourão (roberto@albatroz.eco.br)
Albatroz Planejamento
Indice Geral sobre Trilhas
Trilhas originalmente serviam para comunicar aldeias, vigilância de território ou caça.
Trilhas evoluiram para caminhos no meio urbano (p.ex. parques) ou ambiente natural, muitas vezes feito ou usado para uma finalidade específica: caminhadas, ciclismo, cavalgadas, montanhismo, observação da vida silvestre, contemplação da natureza ou de paisagens.
Conceitos
- Trilhas - Índice Geral
- Trilhas - Desenho, Usos, Grau de Dificuldade, Traçado
- Trilhas - Uso Recreativo
- Trilhas - Interpretação
- Trilhas - Estudo e Pesquisa: Estación Biológica La Selva, Costa Rica
Estudos de Caso
Capacidade de Carga Turística da Trilha Macuco Safari, Parque Nacional do Iguaçu
- CCT Trilha do Macuco - Histórico
- CCT Trilha do Macuco - Parque Nacional do Iguaçu (PNI)
- CCT Trilha do Macuco - O Produto Turístico Macuco Safari
- CCT Trilha do Macuco - Condicionantes de Manejo
- CCT Trilha do Macuco - Uso Público
- CCT Trilha do Macuco - Impactos de Uso Público em Áreas Naturais
- CCT Trilha do Macuco - Padrão de Uso nas Áreas de Uso Público
- CCT Trilha do Macuco - Objetivos de Manejo no PNI
- CCT Trilha do Macuco - Trilhas do PNI (2001)
- CCT Trilha do Macuco - Descrição Geral das Trilhas
- CCT Trilha do Macuco - Pesquisa de Percepção do Visitante
- CCT Trilha do Macuco - Pesquisa de Campo, Impactos
- CCT Trilha do Macuco - Método Cifuentes, Considerações
- CCT Trilha do Macuco - Método Cifuentes de Capacidade de Carga
- CCT Trilha do Macuco - Cálculo das Capacidades de Carga CCF, CCR e CCE
- Miguel Cifuentes Arias, una vida dedicada a la Naturaleza
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas: Construção
- Torres e Passarelas: Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Torres e Passarelas: Kakum National Park, Ghana, África
Trilhas e Mirantes do Forte do Morro, Paraty (proposta)
- Projeto Trilhas e Mirantes do Forte do Morro
- Projeto Forte do Morro - Cartografia
- Projeto Forte do Morro - Imagens Panorâmicas Google
- Projeto Forte do Morro - Mirantes
- Forte do Morro - Projeto das Trilhas / Termos de Referência
- Forte do Morro - Recursos Interpretativos de Trilhas
- Forte do Morro - Exemplos de Interpretação de Trilhas
- Forte do Morro - Interpretação das Trilhas
- Forte do Morro - Inventário Ambiental, Introdução
- Forte do Morro - Inventário Fauna e Flora
- Forte do Morro - Proposta Jardim dos Beija-flores (Colibris)
Trilhas de Longo Percurso
Trilha Transcarioca
- Trilha Transcarioca
- Guia Prático de Sinalização de Trilhas (Pedro C. Menezes, O Eco, Wikitrilhas)
- Trilha Transcarioca - Pedro da Cunha e Menezes (O Eco)
Caminhos de Santiago de Compostela
Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail USA
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - História, Topografia
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Mapa
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Antes de Caminhar
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Fatos
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Fauna
- Trilha dos Apalaches / Appalachian Trail - Flora
Trlhas Off-road / Overland Travels
África, de Londres, UK a Dar-es-Salaam, Tanzânia, 1985-86
- África, de caminhão de Londres - Dar-es-Salaam, 1985-86
- África, de caminhão - en route...
- África, de caminhão - Mapa e Números
- África, de caminhão - Mapa Biomas e Clima
- África, de caminhão - Fotosafari Savana
- Trilhas - Overland África Diário Argélia
Informações da Viagem / Long Haul Expeditions 1985 (pdf para download)
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - General Information
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Prices & Receipt
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Information Leaflet
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Vaccination
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Visas
- Africa Overland - Long Haul Expeditions - Pre-departure Information
Assuntos Correlatos
Capacidade de Carga Turística (CCT)
- CCT - Conceito / Métodos de Determinação
- CCT - Considerações Iniciais
- CCT - Capacidade de Carga Biológica
- CCT - Impactos da Visitação
- CCT - Trilha Macuco, Parque Nacional do Iguaçu (Estudo de Caso)
- Camping: Infraestrutura / Tipos / Recomendações
- Camping: Áreas Silvestre / Camping "Selvagem"
- Camping: Proposta de Normatização (2009)
- Camping: Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ - Legislação
- Camping: Ordenamento da Praia do Aventureiro, Ilha Grande (Estudo de Caso)
Waldir Joel de Andrade (in memoriam)
Mestre em construção e manutenção de trilhas.
Gostariamos de aproveitar essa oportunidade para fazer uma homenagem a Waldir Joel de Andrade, com quem tivemos o privilégio e prazer de trabalhar em vários projetos, um pioneiro no ecoturismo, orientador de inúmeros iniciantes e profissionais na arte de construir e manter trilhas.
Graduado em Engenharia Florestal (ESALQ/USP), em 1975, mestre em 1990 (FFLCH/USP), ingressou no Instituto Florestal em 1981, onde permaneceu até o seu falecimento em 13 de julho de 2017, aos 67 anos.
Durante a sua jornada profissional dedicou-se à conservação da natureza, destacando-se por seu pioneirismo na implantação de sistemas de trilhas em unidades de conservação (UCs).
Waldir tornou-se um profissional de referência no Brasil no assunto “trilhas”. Seus cursos e palestras eram ricos em estudos de casos de planejamento e implantação de trilhas em unidades de conservação do Brasil e do exterior.
Montanhista inveterado, seu conhecimento, sua dedicação e seu carisma o tornaram um campeão de audiência em aulas e palestras. Grande defensor da conservação da Serra da Mantiqueira, conhecia a região como poucos. Seu olhar não era apenas de montanhista, mas também de pesquisador.
Waldir fazia o que amava e amava o que fazia. Fica a saudade...
Trilhas - Torres e Passarelas de Copada, Veracruz-Veracel
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Organização: Roberto M.F. Mourão (roberto@albatroz.eco.br)
Albatroz Planejamento
Estudo de Caso (1999)
Torres e Passarelas de Copada
Canopy Towers & Walkways
Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
A RPPN Estação Veracel-Veracruz, com 6.069 hectares, abriga um dos últimos remanescentes maiores de 5 mil hectares ainda presentes na Mata Atlântica do Extremo Sul da Bahia, no município de Porto Seguro.
A Companhia Veracel de Papel e Celulose, empresa ligada à multinacional brasileira Odebrecht, é a proprietária da reserva.
Seu projeto florestal inclui planos para o plantio de 90 mil hectares com Eucalyptus e 40 mil de florestas naturais em regeneração ou destinados à conservação.
Segundo o plano de manejo da Estação Veracel-Veracruz, seus principais objetivos são:
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conservar uma amostra do ecossistema original da região,
-
ser uma referência para o Programa Mata Atlântica da Veracel (marketing e imagem institucional)
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promover a integração da empresa com a comunidade, através da visitação pública à reserva.
Importância Ambiental
Embora tenha sido criada à partir de “recomendação” do Ministério Público e IBAMA, como medida compensatória prevista em um termo de ajustamento de conduta da empresa, em 1998, de lá para cá a Estação Veracruz tem se tornado uma referência entre as reservas privadas, principalmente no que se refere ao centro de recepção e triagem de fauna silvestre, instalado na reserva.
Possui boa infraestrutura, incluindo um Centro de Visitantes, alojamentos para pesquisadores, duas trilhas interpretativas e uma plataforma de observação no alto da copa de uma árvore, de onde se confirma a informação fornecida pelo monitor: a Estação Veracruz é uma ilha no meio de áreas degradadas e plantações de eucalipto. Atualmente, esforços vem sendo feitos para conectar esta RPPN com outros fragmentos de mata próximos.
A Estação Veracel foi reconhecida em 1998 como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) pelo IBAMA por meio da portaria 149/1998. Em 1999, foi reconhecida pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Mundial Natural, devido à excepcionalidade de suas formações físicas, biológicas e geológicas do alto valor científico e de conservação.
A Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz é uma das mais importantes unidades de conservação do sul da Bahia. É a maior reserva privada do Nordeste e a segunda de toda a Mata Atlântica.
A reserva apresenta trechos de Mata Atlântica bem preservadas com exemplares centenários de pau-brasil (Caesalpinia echinata), jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra), pequi-preto (Caryocar edule) e jatobás (Hymenaea sp). Também apresenta extensos trechos de Mata de Tabuleiros, uma variação da floresta ombrófila densa, outrora comum no norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.
É considerada importante na conservação de aves pela BirdLife International. Destaca-se na avifauna uma das mais belas espécies da mata atlântica - a cotinga (Cotinga maculata), foto á direita.
Foram registradas 37 espécies de vertebrados ameaçados de extinção e 54 espécies endêmicas da Mata Atlântica, e a reserva potencialmente (embora não tenha sido confirmado) pode ser hábitat de espécies ameaçadas como a onça-pintada (Panthera onca), o tamanduá-bandeira (Mymercophaga tridactyla) e a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus).
Pionerismo em uso de Torre e Ponte Pênsil na Educação Ambiental
Em 1998, em consultoria sobre o uso público da reserva, o consultor Roberto M.F. Mourão, assessorando o gerente de meio ambiente da Veracel, engo Anders Tosterud, auxiliou na definição da construção do que pode ter sido o primeiro conjunto torre-ponte pênsil para uso em educação e sensibilização ambientais do Brasil.
A ponte pênsil de 42 metros de comprimento, construida com suporte de cabos de aço, plataforma de tábuas de madeira e guarda-corpo e estais de corda de nylon, fazia parte de uma trilha de ecoturismo, passando por sobre um desnível do terreno e possibilitando a observação de epifitas a nível do dossel da floresta atlântica.
A torre de 20 metros de altura foi fixada ao longo do tronco da árvore-suporte, terminando numa plataforma onde se pode avistar por sobre o dossel, a nível das árvores emergentes da mata.
Engo Anders Tosterud e Roberto M.F. Mourão sobre a ponte pênsil, 1999.
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Torre e plataforma de observação.
Centro de Visitantes
Croquis de localização e entorno, com trilhas assinaladas (1999)
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas: Construção
- Torres e Passarelas: Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Torres e Passarelas: Kakum National Park, Ghana, África
Para Saber Mais sobre Trilhas
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
Trilhas - Torres e Passarelas de Copada, Kakum
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Organização: Roberto M.F. Mourão (roberto@albatroz.eco.br)
Albatroz Planejamento
Estudo de Caso (2002)
Torres e Passarelas de Copada
Canopy Towers & Walkways
Kakum National Park, Ghana, África
A floresta tropical da África Ocidental é um dos ecossistemas mais diversos do continente africano, sendo que Ghana contém um quinto deste importante ecossistema.
O Kakum National Park, localizado 20 Km ao norte da cidade litorânea de Cape Coast, na região central de Ghana, África, tem área de 350 Km² de floresta tropical úmida.
Kakum foi declarada reserva florestal em 1932 e nos últimos 50 anos teve seu manejo direcionado para extração de madeira. A área é habitat de anfíbios, répteis, primatas, antílopes, 550 espécies de borboletas, 250 espécies de aves e cerca de 100 mamíferos.
O parque nacional foi escolhido para servir de modelo africano para conservação da biodiversidade integrada e desenvolvimento econômico, combinando pesquisa científica e ecoturismo. O Programa do Kakum National Park é apoiado pela organização não-governamental Conservation International, que contribui com assistência técnica de planejamento e implantação.
A combinação da Passarela com o Centro de Visitantes é modelo para outros planos de desenvolvimento no sudoeste africano, destacando-se pelo uso de artes e materiais regionais em criativas exibições educacionais.
No início de 1995, a Conservation International e a American Society of Landscape Architecture (Sociedade Americana de Paisagismo) organizaram uma seminário com o objetivo de criar o modelo de desenvolvimento para a Área de Conservação de Kakum (Kakum Conservation Área), dentro dos parâmetros estabelecidos pelo programa de desenvolvimento turístico regional (Tourism Development Scheme for the Central Region of Ghana).
O seminário decidiu pela construção de um sistema de Passarelas de Copada e um Centro de Visitantes, visando melhorar a interação e a experiência dos ecoturistas com seus atrativos naturais e culturais.
A Passarela de Copada de Kakum, a primeira no continente africano, foi inaugurada no Dia da Terra em 1995.
Por ser uma forma de acesso privilegiada para observação da fauna e flora, a passarela aumentou muito o fluxo de visitas nacionais e internacionais a Kakum.
Projetada para uma capacidade máxima de 60 a 70 mil visitantes anuais, sem comprometer a qualidade da experiência, o fluxo de visitas no parque cresceu de menos de 2 mil pessoas, em 1992, antes de sua construção, para mais de 20 mil visitantes em 1995.
Este aumento considerável de visitantes, possibilitou não só um aumento nos postos de trabalho para comunidades locais, como também recursos para ajudar proteger e manter o Parque.
A passarela construída, sustentada por 8 enormes árvores emergentes, tem 330 metros em comprimento e está suspensa a uma altura média de 27 metros, atingindo 36 metros em seu ponto mais alto, tendo uma altura suficiente para manter uma boa distância do solo e a copada.
O acesso é em uma ladeira, de forma que visitantes tem acesso às plataformas e passarelas sem necessidade de escadas.
Envolvendo cada árvore de apoio, plataformas de madeira permitem a visitantes e pesquisadores se posicionarem e desfrutar da privilegiada posição para observar a floresta tropical.
A escolha e posicionamento dos apoios e plataformas (que não utilizam pregos ou parafusos) foram feitos com grande cuidado para assegurar que as centenárias árvores que suportam a passarela não sofram danos que comprometam sua estabilidade.
Custo e Resultados
O custo da passarela de Kokum girou em torno de US$ 120 mil (1995), sem considerar contra-partidas locais e de apoiadores/patrocinadores.
Segundo a Conservation International, estima-se que a Passarela já foi visitada por cerca de 60 mil visitantes nacionais e internacionais desde sua inauguração em 1995.
John Kelson, consultor que participou da construção da passarela, estima que em 3 anos, entre sua inauguração em 1995 até o final de 1998, o faturamento estimado foi superior a US$ 400 mil, ou seja, uma média de US$ 10 mil por mês. (1 bilhão Cedis, US$ 1 = 2300 Cedis)
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
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- Torres e Passarelas: Construção
- Torres e Passarelas: Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Torres e Passarelas: Kakum National Park, Ghana, África
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Trilhas - Torres e Passarelas de Copada, Construção
- Detalhes
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Torres e Passarelas de Copada
Canopy Towers & Walkways
Definindo a Implantação de uma Trilha de Copada
O local para a implantação de torres e/ou passarelas de copadas deve ser feito considerando simultaneamente aspectos construtivos (engenharia) e biológicos (interpretação e/ou pesquisa).
Após a pré-definição de local e antes da decisão final do conjunto de árvores-tema, deve-se procurar antever a qualidade interpretativa ambiental e cênica esperadas em relação às futuras estruturas (torres, plataformas, passarelas). Isto pode ser feito com assistência de equipe multidisciplinar de projeto (arquitetos, botânicos, eng. florestais, especialistas em ecoturismo e interpretação ambiental, etc.) e através da utilização de métodos rápidos de escalada (cordas ou rapel) ou andaimes metálicos provisórios.
Módulos Mínimos
Dependendo dos recursos financeiros disponíveis ou de cronograma, pode-se inicialmente pensar na construção mais simples: 1 torre ou o módulo mínimo de 1 torre + plataforma + 1 passarela.
Para uma melhor relação custo-benefício, deve-se pensar num conjunto de 1 torre + 2 plataformas + 1 passarela.
Módulos Ideais
Com uma ampliação da estrutura mínima, de melhor custo-benefício, com mais uma torre/plataforma + 2 passarelas, chega-se na configuração ideal, ou seja 3 lances de passarelas (pontes-pênseis), com 2 plataformas (ou torres, ou mirantes) e 1 torre de observação que atinja acima do dossel superior do conjunto para uma visão panorâmica de 360º.
Materiais Construtivos
Em virtude da permanente exposição às intempéries, umidade e temperatura são os maiores problemas que podem vir eventualmente a alterar ou comprometer a durabilidade dos materiais construtivos.
É importante usar materiais resistentes tais como cabos de aço, peças em fibra de vidro e madeira tratada, sempre visando a segurança estrutural.
Sendo muitos componentes importados, deve-se planejar bem quanto aos custos de fretes e taxas de importação.
Aspectos Biológicos
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Selecionar um conjunto de árvores que sejam representativas da composição e diversidade do ecossistema e/ou das florestas regionais;
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Instalação de torres e plataformas permitindo o máximo acesso com mínima perturbação para a conformação e estrutura da copada
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Dimensionamento físico das estruturas condizentes com fins de observação amadora-contemplativa (ecoturismo) e estudo (educação ambiental, estudo, profissional e pesquisa);
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Definir padrões rigorosos construtivos de forma a minimizar eventuais impactos na copada, no solo e subsolo (raízes), além das comunidades relacionadas com a seção florestal de implantação.
Aspectos Construtivos
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Deve-se primeiramente selecionar local da mata ou floresta primária ou secundária com um mínimo de 20 anos de recuperação, saudável, com árvores de copas densas e de boa conformação.
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As "árvores-tema", em geral espécies de destaque que funcionarão como estações interpretativas e apoio de torres e/ou plataformas, devem estar relativamente próximas (espaçadas no máximo 30/35 metros), de forma que as passarelas de interligação permitam contemplar o entorno (copadas e paisagem), além da observação e interpretação de flora e fauna
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Na escolha das árvores de apoio, deve-se evitar fustes pequenos ou com ocos que possam comprometer a estabilidade dos sistemas de apoio e fixação de cabos, estais ou plataformas
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Escolher árvores com copas que apresentem ramificação superior adequadas ao apoio de plataformas de conexão ou acesso;
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Selecionar conjunto de árvores com possibilidade de expansão de módulos (o desenho mínimo consiste em uma ponte e uma plataforma);
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Evitar árvores localizadas em locais escarpados, íngremes e precipícios, principalmente em regiões sujeitas a ventos fortes
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas: Construção
- Torres e Passarelas: Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Torres e Passarelas: Kakum National Park, Ghana, África
Para Saber Mais sobre Trilhas
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Trilhas - Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers Walkways
- Detalhes
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Torres e Passarelas de Copada
Canopy Towers & Walkways
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
Trilhas Aéreas Artificiais para Educação, Estudo e Pesquisa.
As Torres e Passarelas de Copada (Canopy Towers & Walkways), podem consideradas trilhas suspensas, podendo ter usos diferenciados:
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Entretenimento e Lazer
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Educação Ambiental
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Estudos e Pesquisas
Associadas ou não, são estruturas desenvolvidas para possibilitar e facilitar o acesso, a um custo moderado, para observação amadora contemplativa, como a feita por ecoturistas, estudo e educação ambientais, e pesquisa de florestas ou segmentos florestais.
Passarelas de Copada podem ser consideradas como "trilhas" artificiais, que se prestam à observação contemplativa ou interpretada. Elas permitem tanto a simples observação de flora e fauna, como também que pesquisadores realizem observação de longa duração e coleta de dados numa área definida e fixa.
Na foto acima, passarela de copada no Kakum National Park, Ghana, África, localizado a 20 km ao norte de Cape Coast, com área de 35 mil hectares de floresta tropical úmida.
Vida na Copa das Árvores
Estima-se que 50 a 90 % da vida na floresta tropical ocorre nas copas das árvores.
A floresta tropical primária é dividida verticalmente em pelo menos 5 camadas:
- emergentes,
- dossel,
- sub-bosque e
- camada arbustiva ou estrato herbáceo,
- além do chão da floresta.
As emergentes refere-se às coroas de árvores emergentes que se elevam 6 a 30 metros acima do dossel. O dossel é o teto denso de árvores bem espaçadas e seus ramos, enquanto o sub-bosque é o termo para espécies de árvores menores e mais jovens, que formam uma camada quebrada abaixo do dossel.
A camada de arbustos ou estrato herbáceo é caracterizada por espécies arbóreas e árvores juvenis que crescem apenas a 1,5 a 6 metros do chão da floresta.
O chão da floresta é a camada do solo da floresta composta de troncos de árvores, fungos e vegetação de baixo crescimento. Essas camadas nem sempre são distintas e podem variar de floresta para floresta, mas servem como um bom modelo das estruturas vegetativas e mecânicas da floresta.
Cada camada tem suas próprias espécies únicas de plantas e animais que interagem com o ecossistema ao seu redor.
A incrível diversidade de fontes de alimentos e nichos únicos das árvores do dossel sustentam uma grande variedade de espécies animais. Os animais geralmente se reúnem em torno de uma árvore florida, o que faz das árvores neste estágio alguns dos melhores sites para ver a vida selvagem.
Em lugares como esses, onde a comida é abundante, os animais configuram territórios, mas, como a cobertura das folhas do dossel afeta as exibições territoriais visuais, a maioria dos animais depende de sinais sonoros. Assim, alguns dos animais são os moradores do dossel.
Muitos primatas emitem uivos e gritos, enquanto as aves usam trinados e canções para que outros animais saibam que estão entrando no espaço deles.
Caminhos comuns, muitas vezes levando a árvores frutíferas, onde muitos animais podem passar no decorrer do dia são bem usados e muitas vezes livres de epífitas. Estes formam trilhas nas árvores.
Da mesma forma, as áreas no dossel sem vegetação formam corredores de vôo usados por numerosas espécies, especialmente as aves de rapina que muitas vezes atacam suas presas de baixo. Essas trilhas de vôo estão incorporados na memória de morcegos e aves.
No solo, sobretudo nas florestas tropicais e equatoriais, como a Floresta Amazônica, a camada que reveste o solo chamada serrapilheira, "manta morta" ou "liteira" é a camada formada pela deposição e acúmulo de matéria orgânica morta em diferentes estágios de decomposição que reveste superficialmente o solo ou o sedimento aquático.
É a principal via de retorno de nutrientes ao solo ou sedimento. Na foto ao lado (© Roberto M.F. Mourão), pode-se observar a diversidade e a umidade que produzirá o humus necessário para a fertilização.
Histórico de Pesquisa em Copadas
A pesquisa de copadas sempre esteve limitada pelas dificuldades de acesso. Durante a década de 80, foram desenvolvidas várias técnicas de baixo custo, tais como escalada em corda ou rapel, escadas e torres.
Também foram desenvolvidos dispositivos que facilitam a pesquisa simultânea por um grupo de pesquisadores, mas muito mais caros, como por exemplo, o dirigível de Hallé e Blanc ou gruas.
Ao se planejar torres ou passarelas, deve-se ter em mente a correlação entre custo do método de acesso e o número de pesquisadores ou visitantes que poderão utilizar o dispositivo com segurança.
Escalada em Corda ou Rapel
Provavelmente é o método de acesso mais antigo e usado para se atingir estratos superiores de florestas para investigação. Esse método oferece a flexibilidade e facilidade de acesso, mas tem suas limitações:
- é inseguro à noite ou com tempo rigoroso
- trabalho conjunto é praticamente impossível
- observações de longa duração são em geral desconfortáveis
- acesso no sentido horizontal é limitado
- medidas de precisão são dificultadas pelo movimento pendular da corda.
Plataformas / Passarelas / Pontes Pênseis
Canopy walkway, Danum Valley Park, Danum Valley Conservation Area, Ulu Segama Forest Reserve, Malasia.
Plataformas
Plataformas são estruturas intermediárias e de apoio, em geral fixadas em árvores-tema, que servem para conectar passarelas, permitindo inclusive interpretação e/ou acesso a plataformas ou passarelas em outros níveis (inferior ou superior), dando continuidade ao circuito.
Podem dar acesso ao solo ou a mirantes panorâmicos acima da copada da mata circundante. Alguns conjuntos aproveitam desníveis de solo para acesso, evitando o uso de escadas, possibilitando seu uso por deficientes físicos ou pessoas idosas ou com dificuldade de locomoção.
Passarelas (ou Pontes-Pênseis)
Passarelas são alternativas de observar e/ou estudar copadas e extratos superiores da floresta tropical, de forma confortável, permanente e facilitam estudos a curto, médio e longo prazos. Esse sistema modular, que consiste em pontes interconectadas e plataformas, de custo moderado, permite acesso fácil para usuários, além de ser de fácil manutenção e de grande durabilidade.
Pontes Pênseis
Ponte Pênsil ou Ponte Suspensa é um tipo de ponte sustentada por cabos ou tirantes de suspensão. As primeiras pontes suspensas modernas, com plataformas niveladas, são datadas dos século XIX, porém existem relatos desse modelo de ponte desde o século III. Passarela suspensa é um modelo de ponte pênsil utilizado em áreas rurais geralmente para vãos superiores a 20 metros, onde são realizadas travessias de pedestre, bicicletas e motocicletas.
As pontes de suspensão simples, que são utilizadas por pedestres ou por rebanhos animais, são construídas de acordo com as antigas pontes de corda Incas. No caso das passarelas de copada, elas são os elementos que unem as plataformas fixadas nas árvores.
Provavelmente o primeiro conjunto torre-ponte pênsil construida no Brasil especificamente para educação e sensibilização ambientais, foi implantada na Reserva Particular do Patrimônio Natural Veracruz-Veracel, em Porto Seguro, Bahia, em 1996.
Torres
Torres são as estruturas, ou partes de um conjunto, que permitem o acesso e a interpretação vertical de uma árvore ou de um conjunto de árvores, podendo ser construídas paralelamente ou contornando o fuste, de forma a aproveitar ao máximo a arquitetura da ramada.
Em sua construção deve-se pensar em estágios ou plataformas em níveis de observação progressiva, a partir do solo, passando pelo sub-bosque, copada e, finalmente, atingindo a parte superior à copada, para visão panorâmica de 360º.
Atenção especial deve ser dada aos aspectos segurança e conforto de ascensão, levando-se em conta que torres devem ter seu uso adequado a vários públicos: crianças, adolescentes, adultos e idosos em boas condições físicas.
Facilidade para a Observação da Fauna e Flora
Muitos ecoturistas "de primeira viagem" se desapontam pela dificuldade de observar a fauna em florestas tropicais. Uma das razões é que a maioria das espécies vivem entre 18 e 45 metros, nas copas das árvores, camuflados e ocultos na densa vegetação. Torres, plataformas e passarelas são estruturas que permitem a observação da flora e da fauna de um ponto de vista pouco usual do homem, ou seja, que geralmente é limitado `a observação horizontal ou do chão para o alto.
Desvantagens Potenciais para Pesquisa
Comparadas com outros métodos de acesso, há 2 desvantagens potenciais ao uso de torres e plataformas e passarelas para pesquisa:
-
As estruturas são fixas e não é possível remanejá-las com propósitos de pesquisar e comparar locais diferentes;
-
Há uma possibilidade de que organismos (flora e fauna) das copas das árvores utilizarem as passarelas e suas partes construtivas como pontes e ou suporte, tendo sua mobilidade natural alterada.
Torres e Passarelas: Indutores de Fluxo de Visitantes
Por ser uma forma de acesso privilegiada para observação da fauna e flora, passarelas aumentam muito o fluxo de visitas. A foto de uma passarela, acima mostra um passarela de copada do Kakum National Park, Ghana, África.
Projetada para uma capacidade máxima de 60 a 70 mil visitantes anuais, sem comprometer a qualidade da experiência, o fluxo de visitas no parque cresceu de menos que 2 mil pessoas em 1992, antes de sua construção, para mais de 20 mil visitantes em 1995. Este aumento considerável de visitantes, possibilitou não só um aumento nos postos de trabalho para comunidades locais, como também recursos para ajudar proteger e manter o parque.
Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Torres e Passarelas: Construção
- Torres e Passarelas: Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel-Veracruz
- Torres e Passarelas: Kakum National Park, Ghana, África
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