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Paca (Cuniculus paca)

ecoparque fauna paca matoA Paca (Cuniculus paca) é uma espécie de roedor da família Cuniculidae, anteriormente era denominada Agouti paca.

Sendo um animal de médio a grande porte, que perde por tamanho apenas para a capivara, sendo considerada assim o segundo maior roedor do Brasil.

A paca não é classificada como espécie em extinção, porém no estado do Paraná ela está classificada como "Em perigo de extinção" desde 2007. Esse desaparecimento da espécie da região pode estar relacionado principalmente à fragmentação dos remanescentes florestais e caça ilegal para comercialização da carne.

O termo "paca" se origina do nome tupi para o animal, paka, que também significa "vigilante, desperto, sempre atento".

Características

ecoparque fauna paca bebendo aguaSendo um animal de hábitos noturnos, apresentam colorações de variados tons, pele dura e pelos eriçados. Com cores que vão do cinza-escura ao vermelho, e sempre com manchas brancas na lateral do corpo. Possuindo quatro dedos nas patas dianteiras e cinco nas traseiras, com unhas afiadas, favorecendo sua pegada em solos umedecidos e em beiras de rios e lagos.

Sua cauda é minúscula. A paca possui dentes que nunca param de crescer, para que não passem dos limites, ela os desgasta roendo arvores como por exemplo o eucalipto que é arvore com tronco duro e a goiabeira.

Animal muito veloz quando corre, principalmente para fugir de predadores, pois possui pernas grandes e fortes, muita agilidade e muito fôlego. Seu peso varia de 6 a 12 kg, tendo alguns machos que podem chegar até a 15 kg.

Possui faro, audição e visão aguçados, para que possam caminhar com facilidade à noite. A olho nu é difícil distinguir o sexo da paca, pois suas genitálias ficam dentro de um saco, independente do sexo.

Alimentação do animal

ecoparque fauna pacas comendo cativeiro A paca é um animal noturno e herbívoro sua dieta é a base de frutas, folhas, vegetais, sementes e raízes. Destas, foi observado sua preferência em cativeiro e na natureza. Na natureza, a paca se alimenta de frutas como banana, goiaba, manga, jaca, mandioca, abacate, cajá-mirim entre outros.

Costumeiramente ela visita "fruteiras" e plantações de milho de sítio e fazendas para se alimentar.

Em cativeiro, a dieta da paca é mais rica e variada, englobando a maioria das frutas e legumes, hortaliças, tubérculos e cereais. Após experimentos, viu-se também sua adaptação com ração de equinos.

ecoparque fauna paca distribuicaoDistribuição geográfica e habitat

A paca pode ser encontrada desde a América Central, até a América do Sul, desde a Bacia do Rio Orinoco até o Paraguai. Seu habitat natural são floretas tropicais, é adepta a locais úmidos preferencialmente rios ou riachos estreitos.

Por ser um animal terrestre, a paca costuma cavar buracos no chão para ser usados como toca, ou procura buracos naturais podendo também utilizar pedras em regiões rochosas como "casa", mas sempre se preocupando em criar saídas de emergência caso se sinta ameaçada.

Comportamento

Estando sempre em alerta, a paca é extremamente tímida e levando uma vida solitária de outras espécies. Para sair de noite a paca é bem meticulosa e cuidadosa evitando ao máximo lugares desconhecidos, normalmente ela percorre por caminhos feitos antes por ela que são chamados de "vereda" ou "carreiro".

São também rotas de fuga para sua toca, esconderijos, lagos e rios. Elas chegam a trilhar 14km por noite a procura de alimento. A paca é o tipo de animal que não se esquece facilmente, exemplo disso é que ela tem a capacidade de se lembrar do local da fonte do seu alimento, indo todos os dias no mesmo horário até que a fonte de alimento se acabe.

ecoparque fauna pacas piscinaPor seu comportamento cauteloso, a paca é muito cuidadosa quando se trata de predadores. Ao se sentir ameaçada elas mergulham nos rios ou lagos, como são excelentes nadadoras e por terem um fôlego surpreendente, ela consegue ficar por muito tempo submersa e em casos de emergência ou extremos utilizam "sulapas" (bolsões de ar dentro da terra, com acesso somente por dentro d'água) para se proteger.

Por ser um animal com hábitos noturnos, ela só sai a procura de alimento quando a noite está bem escura, para que isso ocorra ela tem uma sincronia perfeita as fases da lua.

Estudos foram feitos em mamíferos noturnos, em especial marsupiais, roedores, lagomorfos, carnívoros, morcegos e primatas, tendo analisado que existe uma chamada "fobia lunar" em todas essas espécies, fazendo com que o animal saia apenas em fases que haja pouca luminosidade ou nenhuma. A fase de lua nova é a mais promissora para a saída da paca, sendo também a lua minguante, crescente e com a menor frequência sendo com a lua cheia.

Reprodução

ecoparque fauna pacas filhotes cativeiroA paca tem geralmente filhos de uma a duas vezes por ano, dando a luz na maioria dos casos apenas a um filhote, e em casos raros podem vir gêmeos. O seu tempo de gestação é de aproximadamente 114 a 119 dias (3 meses). Sendo uma gestação demorada.

Segundo profissionais, o animal tem apenas uma relação sexual por ano e o número reduzido de filhotes por conta de um "espinho" peniano presente no macho, em razão disso, a fêmea sente dor e não vontade de cruzar. Outra possibilidade que enquanto está amamentando, a paca não permite que o macho chegue perto da mesma. Tendo o período de cio 5 dias após o nascimento da cria.

Normalmente, vivem aproximadamente 15 anos de idade, e pode se chegar aos 18, mas isso vai depender do ambiente que está envolvida, sendo natural ou artificial.

Para fins econômicos, donos de cativeiros podem usar de técnicas para forçar a paca a ter mais de uma cria por ano. É feito de maneira em que após o nascimento, a cria é retirada de perto da mãe, para que o macho possa se aproximar para a realização do acasalamento.

Após a ato a cria é devolvida para a fêmea para ser cuidada de forma que possa crescer saudável. Sendo essa técnica de para se obter mais crias ao ano.

Criação

ecoparque fauna paca cativeiroQuanto aos criadores de pacas no Brasil, devem seguir a normas estabelecidas pelo Ibama, tendo em vista o bem-estar animal previsto na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, privando o animal de fatores nocivos para sua vida como estresse, medo, angústia, aflição entre outros.

Há espalhados no Brasil vários criatórios de paca, sendo uns somente da espécie e outros mistos com espécies nativas, como cateto, capivara, ema e cutia.

Para começar a criação é preciso definir o propósito, podendo ser para comercialização do animal vivo, comercialização da carne, para soltura de animais na natureza ou todos estes juntos. Para cada finalidade, existe uma taxa a ser paga ao IBAMA.

Ainda no pré-projeto para a criação da paca, é preciso verificar se tem suporte necessário para atingir o que é previsto pelas leis do bem-estar animal, em que não se deve negar locações e necessidades básicas para a sobrevivência do animal. Para isso é importante ser providenciado tanques ou piscinas, para que o animal tenha o mais próximo de seu habitat e traga conforto ao mesmo, tendo em mente que a paca gosta de ambientes úmidos e que tenham bastante água.

Deve ser pensando também em caixa-ninho, para que o animal tenha a possibilidade de realizar o ato do acasalamento no período determinado. Isso deve ser projetado de forma intensiva ou semi-intensiva, ou seja, com galpões divididos em espaços para os animais ficarem tranquilos para a reprodução.

Todo esse processo precisa sempre ser acompanhado por um zootecnista ou um médico veterinário para realizar acompanhamentos de todos os exames necessários.

Caça

ecoparque fauna pacas carcacasMesmo não sendo permitido, a caça de qualquer animal é crime no Brasil, entretanto caçadores espalhados por todo o país continuam com essa prática nas sombras.

A caça é feita de modo estudada e cuidadosa, geralmente os caçadores usam táticas para mudança de hábitos do animal, como por exemplo alimentando o animal em um ponto específico para que vire hábito dele, e então quando a presa está fácil inicia o processo de captura.

Na foto ao lado, carcaças de pacas em restaurante à margem da Rodovia Macapá-Oiapoque. Após constatar a prática ilegal, a policia florestal apreendeu o material e multou o proprietário do estabelecimento.

Considerada uma das mais saborosas carnes de animais silvestres, a criação em cativeiro de pacas é uma opção para restaurantes de carnes exóticas no país. Porém, em áreas rurais remotas, sua caça está levando o animal à extinção.

 

Instalações de Criadouro de Pacas ou Cutias

ecoparque fauna paca criadouro planta vistas

ecoparque fauna paca criadouro planta


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Parte obtidas na internet e algumas gentilmente cedidas pelo consultor Fabio Hosken da Zoo Assessoria

 

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Cateto ou Caititu (Pecari tajacu)

ecoparque cateto na gramaO Cateto também conhecido por Caititu, Taititu, Tateto, Pecari, Porco-do-mato e Patira, é um mamífero artiodáctilo da família dos taiaçuídeos (Tayassuidae) e gênero Dicotyles.

Artiodáctilos são animais ungulados (que andam apoiando-se sobre a ponta dos dedos) com um número par de dedos, que Inclui os porcos, os touros, os hipopótamos, os camelos, os veados, as girafas, os carneiros, as cabras e os antílopes; assentam no solo os dedos revestidos por cascos.

Quando adultos, medem de 75 a 100 centímetros de comprimento e aproximadamente 45 centímetros de altura. O peso varia de 14 a 30 quilos.

A espécie apresenta uma cauda vestigial e um focinho alongado com disco móvel terminal, patas curtas e delgadas e pés pequenos proporcionalmente ao resto do corpo. As patas dianteiras possuem quatro dígitos, sendo dois destes funcionais e as traseiras possuem um dos dígitos não funcional. A espécie possui 38 dentes, sendo os caninos superiores os que mais se destacam.

A pelagem é longa e áspera, geralmente de tonalidade cinza mesclada de preto, com uma faixa de pelos brancos ao redor do pescoço que dá o aspecto de um colar.

Atualmente, distribuem-se desde o sul dos Estados Unidos, passando por toda América Central e América do Sul a leste dos Andes, até o norte da Argentina. Em condições naturais, os hábitos alimentares dos caititus são determinados de acordo com a disponibilidade de alimento.

Descrição

O Cateto é chamado de porco-do-mato devido à sua aparente semelhança com os javalis.

Várias características anatômicas o tornam diferente, tais como:

  • a presença de uma glândula odorífera na região dorsal e de uma cauda vestigial de 15 a 55 mm
  • o osso da perna fundido ao do pé, que resulta em três dígitos na pata posterior
  • ecoparque cateto no pucao fígado reduzido
  • a ausência de vesícula biliar
  • a presença de um estômago compartimentalizado em estômago glandular, bolsa gástrica e dois sacos cegos. A presença desse tipo de estômago permite que os caititus se alimentem de itens diversos, incluindo alimentos fibrosos, sobras de legumes, frutos e pequenos vertebrados.

Dentre as espécies de pecaris existentes, os catetos são os de menor porte. O peso varia de 14 a 30 quilos. A espécie apresenta uma cauda vestigial e um focinho alongado com disco móvel terminal, patas curtas e delgadas e pés pequenos proporcionalmente ao resto do corpo. As patas dianteiras possuem quatro dígitos, sendo dois destes funcionais e as traseiras possuem um dos dígitos não funcional. Possui 38 dentes, sendo os caninos superiores os que mais se destacam. Diferentemente dos porcos verdadeiros, seus caninos são relativamente pequenos e com o crescimento reto e para baixo. Possuem o comportamento de bater os dentes como mecanismo de defesa quando se sentem ameaçados.

A pelagem é longa e áspera, geralmente de tonalidade cinza mesclada de preto, com uma faixa de pelos brancos ao redor do pescoço que dá o aspecto de um colar. Na região dorsal possuem uma crina de pelos mais longos e escuros, que eriçam em situações de estresse ou quando demonstram comportamentos de ameaça.

Não existe dimorfismo sexual nessa espécie. No entanto, é possível visualizar o escroto dos machos a curtas distâncias. A glândula dorsal se localiza de 15 a 20 centímetros na região anterior a base da cauda e tem como função a marcação territorial e social.

Hábitos

ecoparque catetos deitadosEm condições naturais, os hábitos alimentares dos catetos são determinados de acordo com a disponibilidade de alimento. Nas florestas tropicais são essencialmente frugívoros, sua alimentação principal são frutos, folhas, raízes e tubérculos, mas podem, eventualmente, consumir larvas, insetos, anfíbios, répteis, entre outros, como fonte de proteína.

Dormem em tocas, muitas vezes sob as raízes de árvores, mas às vezes podem ser encontrados em cavernas ou sob troncos. Embora geralmente ignorem os humanos, reagem se se sentirem ameaçados, defendendo-se com suas presas. Um cateto pode liberar um almíscar forte ou dar um latido agudo se estiver alarmado.

Habitat

ecoparque cateto situacao 2020Atualmente, os pecaris distribuem-se desde o sul dos Estados Unidos, passando por toda América Central e América do Sul a leste dos Andes, até o norte da Argentina. Esses animais habitam uma grande variedade de ambientes, como áreas desérticas e campos abertos do Arizona e Texas, nos Estados Unidos; florestas tropicais e semitropicais, no Brasil e o chaco paraguaio. Apesar dessa ampla distribuição, os caititus não habitam áreas de altitudes elevadas.

A unidade social dos caititus varia consideravelmente em tamanho, mas eles tendem a formar na natureza grupos sociais coesos e estáveis, de 5 a 15 indivíduos de diferentes faixas etárias, com um ou mais machos e várias fêmeas adultas. Existe a hipótese de que os catetos foram selecionados para viver em grupos, como uma estratégia para defesa conjunta contra os predadores, já que são presas de grandes carnívoros como os pumas e coiotes na América do Norte e de onças-pintadas, pardas e, ocasionalmente, de jacarés no Brasil. Em determinadas épocas do ano, ocorre a formação de grandes agrupamentos com mais de 50 animais, pela fusão de dois ou mais grupos.

ecoparque cateto filhotes mamandoOs grupos de catetos vivem regiões tropicais em áreas variando de 143 a 685 hectares. Dentro dos limites de área de vida, os indivíduos do bando, caminham, alimentam-se e descansam, juntos. Os grupos defendem ativamente o território, que consiste em uma zona central, que é usada exclusivamente pelos membros do bando, e as áreas de borda, que são usadas por membros de grupos adjacentes. Não existem interações entre os bandos, mas, ocasionalmente, alguns indivíduos podem mudar de bando e não retornar ao seu grupo original.

A glândula de cheiro presente nesses animais produz uma substância oleaginosa de forte odor, que é utilizada em contextos sociais e não-sociais, como, por exemplo, quando é esfregada em árvores e outros objetos para a marcação territorial.

Os grupos de catetos se mantêm coesos através das marcações nos indivíduos, pois têm pouca orientação visual, mas o olfato bastante desenvolvido. Através dos comportamentos de esfregamento, recíproco e não-recíproco, os animais esfregam suas glândulas de cheiro uns nos outros, possibilitando aos indivíduos reconhecerem a identidade dos membros do grupo, mantendo, dessa forma, a integridade do bando.

  

ecoparque cateto fazenda trijuncao

Piquete de catetos, criadouro da Fazenda Trijunção.

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Anta-brasileira (Tapirus terrestris)

ecoparque fauna Tapirus pantanalA Anta-brasileira ou simplesmente Anta (Tapirus terrestris), também conhecida por Tapir, é um mamífero da família dos tapirídeos (Tapiridae) e gênero Tapirus.

É o maior mamífero terrestre do Brasil e o segundo da América do Sul, tendo até 300 quilos de peso e 240 centímetros de comprimento. Se diferencia das outras espécies do gênero Tapirus por possuir uma crista sagital proeminente e uma crina. Apresenta uma probóscide, que é usada para coletar alimento.

Ocorre desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, em áreas abertas ou florestas próximas a cursos d'água, com abundância de palmeiras.

É um animal solitário e vive em territórios de 5 quilômetros quadrados de área, em média. A anta tem reprodução lenta, com uma gestação que pode durar mais de 400 dias e parem apenas um filhote por vez, que pesa entre 3,2 e 5,8 quilos. Podem viver até 35 anos de idade.

A anta é listada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, mas seu estado de conservação varia ao longo de sua distribuição geográfica sendo crítica na Argentina, nos llanos da Colômbia e regiões da Mata Atlântica brasileira.

Distribuição geográfica e habitat

ecoparque fauna anta distribuicao america sulA anta habita principalmente ambientes próximos a cursos d'água permanentes.

A anta ocorre desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, habitando também o Chaco paraguaio e todo o Brasil. Sua distribuição diminuiu nos limites sul, na Argentina, principalmente por conta da caça e perda de habitat.

Habita áreas florestadas ou abertas próximas a cursos d'água permanentes, preferindo áreas com abundante vegetação. Pode ser encontrada a até 1500 metros de altitude, no Equador, e em outras localidades a até 1700 metros. Durante o dia, se abriga nas florestas e, à noite, pode ir a descampados forragear.

Ao longo das áreas em que ocorre, a presença de palmeiras é um fator importante para o estabelecimento de antas. Na Mata Atlântica brasileira, a espécie habita áreas abundantes em palmito-juçara (Euterpe edulis) ou jerivá (Syagrus romanzoffiana).

Em áreas alteradas pelo homem, a anta pode ser encontrada em campos cultivados e em plantações de Eucalyptus, provavelmente utilizando essas áreas de forma oportunista, seja como corredor entre fragmentos de floresta, seja para procurar comida. De forma geral, essas áreas são evitadas pela anta.

Comportamento e ecologia

ecoparque fauna anta comendo folhasÉ importante na manutenção das florestas de palmeiras, principalmente dos buritizais na Amazônia

A anta-brasileira, um grande mamífero não ruminante e frugívoro, é o último elemento da megafauna na Amazônia e constitui-se em um importante dispersor de sementes. Isso se deve principalmente porque a anta defeca na água, o que faz com que o seu padrão de dispersão também seja único.

Nesse contexto, ela é um animal especialmente importante na manutenção das florestas de palmeiras na América do Sul, principalmente dos buritizais na Amazônia e Cerrado.

Seus predadores são grandes felinos como a onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor), que predam principalmente os filhotes.

Reprodução e ciclo de vida

O sistema de acasalamento da anta não foi devidamente definido. É bem provável que exista uma poliginia, pois existe uma tendência de monopólio de territórios de fêmeas por poucos machos. Entretanto, durante o estro, é observada a formação de um par monogâmico.

A anta não possui sazonalidade na reprodução e possui vários estros em um ano. A fêmea entre no cio a cada 50 a 80 dias, e ele dura cerca de dois dias. O nascimento de filhotes ocorre a cada 15 meses, em cativeiro. Os filhotes nascem pesando entre 3,2 e 5,8 quilos e possuem listras brancas

ecoparque fauna Antas mae e filhoteA gestação dura entre 335 e 439 dias e pode ser obviamente detectada a partir de 6 ou 7 meses e parem um filhote por gestação. Aparentemente, as fêmeas só passam a ter filhotes a partir dos 23 meses de idade e podem continuar tendo crias até os 28 anos de idade. Mas, a maturidade sexual é atingida completamente com cerca de 3 ou 4 anos de idade. Ter uma gestação longa que resulta em apenas um filhote torna o ciclo reprodutivo da anta extremamente lento.

Os filhotes nascem pesando entre 3,2 e 5,8 quilogramas, e apresentam listras horizontais brancas no corpo, que desaparecem na quando completam 5 ou 8 meses de idade. Eles passam a comer alimentos sólidos já nos primeiros dias após o nascimento, mas só são efetivamente desmamados depois de 10 meses de idade. A longevidade em cativeiro é estimada em até 35 anos.

O desmatamento para a agricultura é uma ameaça à espécie.


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Meliponários

ecoparque abelha flava abelha de oleo WEBO Uso e o Manejo Sustentáveis das Abelhas-nativas-sem-ferrão é denominada Meliponicultura, são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990.

Esta Resolução disciplina o Uso e o Manejo Sustentáveis das abelhas-nativas-sem-ferrão.

Entende-se por:

  • Abelhas-nativas-sem-ferrão: insetos da Ordem Hymenoptera, Família Apidae, Subfamília Apinae, Tribo Meliponini, que possuem ferrão atrofiado e hábito social

  • ecoparque abelhas colmeia entrada abelhasColmeia: caixa ou estrutura física que abriga a colônia de abelhas-nativas-sem-ferrão

  • Colônia: Conjunto de indivíduos da mesma espécie composto por rainha e sua prole, em seu ninho

  • Manejo para multiplicação: atividade realizada pelo meliponicultor com a finalidade de obter novas colônias

  • Matriz-silvestre: colônia obtida da natureza

  • Matriz de multiplicação: colônia obtida a partir da matriz-silvestre ou de multiplicações subsequentes

  • Meliponários: locais destinados à criação de abelhas-nativas-sem-ferrão, composto de um conjunto de colônias alojadas em colmeias especialmente preparadas para o manejo e manutenção dessas espécies

  • Meliponicultor: criador de abelhas-nativas-sem-ferrão

  • Meliponicultura: atividade de criação de abelhas-nativas-sem-ferrão

  • Recipientes-isca: recipientes deixados no ambiente com a finalidade de obter colônia de abelhas-nativas-sem-ferrão

  • Resgate: colônias coletadas, mediante autorização do órgão ambiental competente, em áreas de supressão vegetal ou em situação de risco alojadas em cavidades naturais ou artificiais

  • Produtos e subprodutos de abelha-nativas-sem-ferrão: mel, favo de cria, cerume, própolis, geoprópolis, pólen, cera e partes da colônia.

O Uso e Manejo de Abelhas-nativas-sem-ferrão dependerá de ato autorizativo do órgão ambiental competente, após análise dos seguintes requisitos mínimos:

  1. ecoparque abelhas pote mel WEBrelação das espécies requeridas;

  2. localização do meliponário, com coordenadas geográficas;

  3. identificação do meliponicultor;

  4. informação sobre a obtenção das colônias para o plantel inicial.

  • São dispensados de autorização ambiental o uso e manejo sem exploração econômica de até 49 colônias

  • Os procedimentos para concessão do ato autorizativo e sua renovação serão definidos pelos órgãos ambientais competentes

  • A troca de colônias ou a permuta será permitida para o melhoramento genético ou diversificação da espécie para atividade de manutenção de colônias sem finalidade comercial ou econômica, para produtores dentro de um mesmo bioma de até 49 colônias.

O funcionamento do estabelecimento comercial de venda de produtos e subprodutos é dispensável de autorização ambiental, exceto quando envolver partes da colônia ou espécimes.

O Meliponário regularmente autorizado poderá comercializar colônias, ou parte delas, desde que seja resultado de multiplicação das suas matrizes.

A obtenção de colônias matrizes para meliponicultura deverá ser autorizada pelo órgão ambiental, mediante:

  1. apanha na natureza por meio de recipiente-isca

  2. aquisição de meliponário devidamente autorizado

  3. depósito pelo órgão ambiental competente

  4. resgate de colônias.

  • É dispensada a solicitação de autorização de apanha na natureza por meio de instalação de recipientes-iscas, para a aquisição e manutenção de criatórios de produtores com até 49 colônias e sem fins comerciais.

A criação de abelhas-nativas-sem-ferrão será restrita à região geográfica de ocorrência natural das espécies.

 

 

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Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas.

ecoparque ranario caracteristicas

 

Ciclo de Vida

Ovos / Desova

ecoparque ranario sapo parteiroEmbriões de rãs são tipicamente cercados por várias camadas de material gelatinoso, que fornece suporte e proteção ao permitir a passagem de oxigênio, dióxido de carbono e amônia, absorvendo a umidade e inchando em contato com a água.

Após a fertilização, a porção mais interna se liquefaz para permitir a livre movimentação do embrião em desenvolvimento.
ecoparque ranario girinos nos ovos

A forma e o tamanho da massa de ovos são característicos da espécie.

Os ranídeos tendem a produzir aglomerados globulares contendo muitos ovos, enquanto os bufonídeos produzem longas cordas cilíndricas.

As larvas que se desenvolvem nos ovos podem detectar vibrações causadas por vespas ou cobras predadoras próximas e eclodirão cedo para evitar serem comidas.

 

Girinos / Larvas

ecoparque ranario girino maoAs larvas que emergem dos ovos, conhecidas como girinos, normalmente têm corpos ovais e caudas longas e achatadas verticalmente. Como regra geral, as larvas de vida livre são totalmente aquáticas.

Os girinos não têm pálpebras e têm esqueletos cartilaginosos, sistemas de linha lateral, brânquias para a respiração (brânquias externas primeiro, brânquias internas depois) e caudas achatadas verticalmente que usam para nadar.

Desde o início de seu desenvolvimento, uma bolsa de guelras cobre as guelras e as patas dianteiras do girino. Os pulmões logo começam a se desenvolver e são usados como um órgão respiratório acessório. Algumas espécies passam por metamorfose ainda dentro do ovo e eclodem diretamente em pequenas rãs. Os girinos não têm dentes verdadeiros, mas as mandíbulas na maioria das espécies têm duas fileiras paralelas e alongadas de pequenas estruturas queratinizadas chamadas queradontes em suas mandíbulas superiores.

Os girinos têm barbilhões anteriores emparelhados, o que os torna semelhantes a pequenos bagres. Suas caudas são enrijecidas por um notocórdio, mas não contém quaisquer elementos ósseos ou cartilaginosos, exceto por algumas vértebras na base que formam o urostilo durante a metamorfose. Isso foi sugerido como uma adaptação a seus estilos de vida; como a transformação em sapos é muito rápida, a cauda é feita apenas de tecido mole, pois o osso e a cartilagem demoram muito mais para serem quebrados e absorvidos. A barbatana e a ponta da cauda são frágeis e rasgam facilmente, o que é visto como uma adaptação para escapar de predadores que tentam agarrá-los pela cauda.

Os girinos são tipicamente herbívoros, alimentando-se principalmente de algas, incluindo diatomáceas filtradas da água pelas guelras. Algumas espécies são carnívoras no estágio de girino, comendo insetos, girinos menores e peixes.

Metamorfose

ecoparque ranario diagrama ciclo de vida do sapo WEBNo final da fase de girino, as rãs sofrem metamorfose, em que transitam para a forma adulta.

Esta metamorfose geralmente dura apenas 24 horas e é iniciada pela produção do hormônio tiroxina. Isso faz com que diferentes tecidos se desenvolvam de maneiras diferentes. As principais mudanças que ocorrem incluem o desenvolvimento dos pulmões e o desaparecimento das guelras e da bolsa branquial, tornando visíveis as patas dianteiras.

A mandíbula inferior se transforma na grande mandíbula do adulto carnívoro, e o intestino longo e espiral do girino herbívoro é substituído pelo intestino curto típico de um predador.

O sistema nervoso torna-se adaptado para audição e visão estereoscópica e para novos métodos de locomoção e alimentação. Os olhos são reposicionados mais acima na cabeça e as pálpebras e as glândulas associadas são formadas. O tímpano, o ouvido médio e o ouvido interno são desenvolvidos. A pele fica mais espessa e rígida, o sistema da linha lateral é perdido e as glândulas cutâneas são desenvolvidas.

O estágio final é o desaparecimento da cauda, mas isso ocorre um pouco mais tarde, o tecido sendo usado para produzir um surto de crescimento nos membros. As rãs são mais vulneráveis aos predadores quando estão em metamorfose. Neste momento, a cauda está se perdendo e a locomoção por meio dos membros está apenas se estabelecendo.

Adultos

ecoparque ranario perereca olhos vermelhosApós a metamorfose, os adultos jovens podem se dispersar em habitats terrestres ou continuar a viver no ambiente aquático.

Quase todas as espécies de rãs são carnívoras quando adultas, predando invertebrados, incluindo artrópodes, vermes, caracóis e lesmas. Alguns dos maiores podem comer outras rãs, pequenos mamíferos e peixes.

Algumas rãs usam suas línguas pegajosas para pegar presas que se movem rapidamente, enquanto outras colocam comida na boca com as mãos. Algumas espécies também comem matéria vegetal.

Algumas pererecas são parcialmente herbívoras, sua dieta inclui uma grande proporção de frutas e a folivoria ocorre com plantas constituindo até 80% do volume de sua dieta.

As rãs adultas são atacadas por muitos predadores. A rã-leopardo-do-norte (Lithobates pipiens) é comida por garças, peixes, salamandras, cobras, guaxinins, gambás, visons, rãs-touro e outros animais.

ecoparque ranario avatarAs rãs são predadores primários e uma parte importante da teia alimentar. Por serem de sangue frio, fazem uso eficiente dos alimentos que comem, com pouca energia sendo utilizada para processos metabólicos, enquanto o restante é transformado em biomassa.

Eles próprios são comidos por predadores secundários e são os principais consumidores terrestres de invertebrados, a maioria dos quais se alimentam de plantas. Ao reduzir a herbivoria, eles desempenham um papel no aumento do crescimento das plantas e, portanto, fazem parte de um ecossistema delicadamente equilibrado.

Pouco se sabe sobre a longevidade de rãs e sapos na natureza, mas alguns podem viver por muitos anos. Registos de rãs e sapos em cativeiro indicam longevidades até 40 anos.

 

 

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